
Um estudo inédito conduzido pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes), no distrito de Alto Caxixe, no município de Venda Nova do Imigrante, revelou resultados expressivos de produtividade de genótipos de café Conilon cultivados em áreas de altitude acima de 1.100 metros, tradicionalmente dominadas pelo arábica. Os resultados da pesquisa foram apresentados nesta quarta-feira (5/11) durante a programação da Semana Internacional do Café (SIC).

O pesquisador Fábio Partelli, que coordena o estudo, informou que após definição dos clones mais produtivos, o CH1, A1, K61, Pirata e L80, a pesquisa avançará, agora, para o quesito qualidade.
A média geral de quatro colheitas dos cinco genótipos avaliados foi de 59,6 sacas por hectare ao ano, número muito acima da média dos demais genótipos de Coffea canephora (17,81 sacas/ha) e até superior à média registrada para cultivares de arábica na mesma condição (42,05 sacas/ha).
“Aprendemos por décadas na literatura que conilon é abaixo de 500, 600 metros de altitude, mas, se plantar o clone correto vamos produzir de forma eficiente, econômica e sustentável, mesmo a 800 ou 1.100 metros de altitude, em regiões mais frias”, explicou Partelli.
Os resultados indicam uma excelente adaptação dos clones de conilon às condições de altitude, o que favorece o escalonamento da colheita e amplia as possibilidades de plantio. “Já fizemos a colheita de 2025, mas um ano é pouco. Agora, aguardamos a de 2026 para fecharmos os resultados de qualidade”, frisou o pesquisador.
A Semana Internacional do Café segue até a próxima sexta-feira (7), em Belo Horizonte (MG).
Valda Ravani, Jornalista, Redação Campo Vivo

