Simpósio do Papaya Brasileiro discute desafios do setor

0

Mais de 45 trabalhos técnicos-científicos, que tratam de aspectos relacionados à cultura do mamão, foram apresentados no VI Simpósio do Papaya Brasileiro. Os estudos, desenvolvidos por alunos de diversas instituições país, apresentam resultados de pesquisas relacionadas ao cultivo do mamoeiro. O Simpósio, que é coordenado pelo Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), está sendo realizado no Centro de Treinamento Dom João Batista, em Vitória, e termina nesta sexta-feira (13).

David Martins, pesquisador do Incaper e coordenador da mostra, fala da importância de expor trabalhos de pesquisa, que segundo ele, muitas vezes surgem durante os encontros, onde os pesquisadores ouvem as demandas dos produtores e apresentam os resultados para serem incorporados ao setor produtivo. 

Para o pesquisador, durante o simpósio, que começou na terça-feira (10), foram apresentados diversos resultados para melhorar o dia a dia dos produtores. “No cenário mundial, o Espírito Santo é apontado como o segundo produtor e exportador de mamão. Mas para conseguirmos alcançar esse lugar, o setor sofre com uma série de dificuldades e, muitas vezes, esses gargalos variam. Atualmente estamos vivendo essa seca e durante esse encontro pudemos discutir sobre esse assunto de extrema importância para o setor”, destaca David Martins. 

Pedeag 3

Durante o IV Simpósio do Papaya Brasileiro, produtores rurais e representantes do setor puderam participar de uma mesa-redonda para discutir os “Gargalos do Setor Produtivo do Mamão no Brasil: Levantamento de Demandas de Pesquisa”. Na oportunidade, as sugestões dos participantes serviram como base para a elaboração do Planejamento Estratégico de Desenvolvimento da Agricultura Capixaba, o Pedeag 3.

Ulisses Brambini, diretor da Bello Fruit, localizada em Mucuri, na Bahia, aponta que a o manejo correto do fruto possibilita um maior e mais duradouro enraizamento. Outro fator importante destacado pelo especialista é o estudo da lâmina d’água nos diferentes tipos de solo e camada adensada. 

Edivaldo Permanhane, diretor do Sindicato Rural de São Mateus e produtor de mamão, destaca a importância de debater os gargalos do setor mamoeiro. “O cenário do mamão está passando por um momento difícil de comercialização. Os supermercados é que determinam os preços e isso dificulta agregar valor ao produto, fazendo com que a produção caia”, completa.

“Precisamos discutir novas tecnologias, manejos e variedades do mamão. O produtor fica muito da porteira para dentro e hoje ele é obrigado a reduzir custos e aplicar tecnologias de ponta. Ele deixou de ser um simples produtor e virou um empresário rural”, destaca Edivaldo Permanhane. 

O Pedeag 3 será formulado a partir da análise de cenários e da elaboração de diagnósticos, identificando oportunidades e desafios, estabelecendo objetivos e metas e definindo programas e iniciativas. As oficinas de trabalho irão contar com a participação de produtores rurais e representantes das principais cadeias produtivas do sistema agrícola capixaba. Tudo isso alinhado à análise de temas transversais, tais como capital humano, sustentabilidade, tecnologia e capacidade de inovação, organização da produção, logística e comercialização, dentre outras.

 

 

Thaís Tonini

Compartilhar:

Deixar um Comentário