O Ministério Público Federal (MPF/ES) e o Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), em parceria com as entidades ambientais, Justiça, poder público e Associação de Pescadores do município de Colatina, estão elaborando um plano para retirada dos peixes do Rio Doce. Por causa do rompimento das barragens em Minas Gerais e com a chegada da lama no Espírito Santo, a estimativa é de que haja morte de 100% das espécies que habitam o leito do rio.
Para evitar que isso aconteça, será realizada uma operação denominada Arca de Noé, para resgate e conservação do material genético dos animais. Como medida emergencial, serão retiradas do Rio Doce, com apoio dos pescadores da região, profissionais ou não, todos os peixes encontrados. Eles serão levados para outros locais, previamente definidos. A princípio, serão alocados nas lagoas da Cobra Verde, em Colatina; e na do Limão, em Linhares. Também estão sendo sondados locais próximos à hidrelétrica de Mascarenhas, em Baixo Guandu.
A ideia é de que o trabalho de recolhimento dos peixes se inicie ainda na noite desta quinta-feira, 12 de novembro, uma vez que a lama está prevista para chegar a Colatina neste sábado e o trabalho terá que ser feito antes disso. Um funcionário da prefeitura deverá acompanhar os trabalhos.
A Samarco acatou as medidas e está prestando apoio para operacionalização da ação. A empresa, até o momento, já está oferecendo suprimentos para captura e transporte dos peixes.
Como ainda não há uma análise completa da presença de metais pesados na água do Rio Doce, não há certeza de que os peixes estão ou não contaminados. Além disso, os órgãos ambientais não autorizaram a pesca indiscriminada, tendo ficado permitidos apenas o resgate e a soltura dos animais em locais predeterminados.
Campo Vivo com informações de assessoria