Uma nota técnica produzida por nove entidades do setor cacaueiro e pela comissão técnica da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) aponta o risco de entrada de algumas pragas na região cacaueira da Bahia, a exemplo da Striga spp, da Trogodermna granarium e de uma espécie de podridão parda.
Essa nota técnica foi discutida, há duas semanas, em um debate na Comissão de Agricultura e Política Rural da Assembleia Legislativa da Bahia. A reunião gerou a formação de uma frente parlamentar para cuidar da questão, alinhada com a frente já existente na Câmara Federal.
"Falamos com o João Martins (presidente da Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia e da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) e ele vai tentar sensibilizar a ministra Kátia Abreu para adotar as ações que a Adab indica", diz o vice-presidente da Frente, o deputado Eduardo Salles (PP).
Zona quarentenária
As ameaças se tornam mais graves, segundo os produtores, porque o cacau importado chega justamente na região cacaueira da Bahia. Eles defendem que a carga chegue em uma zona sem cacaueiros e com uma estrutura quarentenária adequada.
"O ideal é que entrasse por Recife e não por aqui", diz o presidente do Sindicato Rural de Ilhéus, Milton Andrade Jr.
A Striga spp, por exemplo, não é uma ameaça apenas para a cacauicultura e pode devastar outras culturas, a exemplo do milho e do café e também pastagens. Há ainda o agravante de possuir condições edafoclimáticas favoráveis à proliferação no litoral sul baiano.
Campo Vivo com informações de assessoria