Nos primeiros oito meses de 2015 as exportações brasileiras de frango alcançaram recorde histórico e obtiveram receita de R$ 14,8 bilhões, informa o Boletim Ativos da Avicultura, estudo realizado pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea/Esalq/USP), em parceria com a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). De janeiro a agosto de 2015, houve crescimento de 26% na receita obtida pelos exportadores de frango, comparado com 2014, indica a Secretaria do Comércio Exterior (Secex), órgão do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC).
Dois fatores tiveram influência direta na melhoria das vendas externas brasileiras de carne de frango nesse período: a valorização do dólar frente ao Real e os casos identificados de influenza aviária, doença que acometeu os aviários nos Estados Unidos, principal concorrente do Brasil no mercado internacional desse produto. O Brasil exportou, em volume, 2,77 milhões de toneladas de carne de frango no período analisado, alta de 6,2% em comparação com 2014.
Ganhos dos exportadores – No curto prazo, mantida a tendência de valorização do dólar frente ao Real, as perspectivas são positivas para os exportadores brasileiros de carne de frango. Entre janeiro e agosto deste ano, o valor da tonelada da carne de frango (in natura, salgadas e industrializadas), em reais, foi de R$ 5,7 mil a tonelada, aumento de 17,7% em comparação a igual período do ano passado. No período analisado, o valor obtido pelos exportadores brasileiros de carne de frango foi de R$ 4,9 mil por tonelada.
Os principais importadores de carne de frango brasileira, nos primeiros oito meses de 2015, foram Arábia Saudita, Japão, União Europeia, China e Emirados Árabes. Com esses números, a Arábia Saudita se mantém como o principal comprador da carne de frango brasileira, totalizando 512 toneladas, seguida pelo Japão, que já importou 266,4 mil toneladas do produto neste ano, 3 mil a menos que no mesmo período de 2014. O terceiro lugar é da União Europeia, com 260,8 mil toneladas, mesmo tendo reduzido suas importações em 16 mil toneladas. A China, com aumento de 58 mil toneladas de um ano para outro, assume a quarta posição, indo para 206,3 mil toneladas. Os Emirados Árabes é o quinto maior comprador, com 198,6 mil toneladas importadas até agosto.
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