Brazilian Spice Association (BSA) conta com 29 empresas de exportação associadas em todo o país
O Brasil é o segundo maior produtor de pimenta-do-reino no mundo e o Espírito Santo o maior produtor e exportador nacional. Para apoiar e representar a cadeia produtiva da pimenta e especiarias foi instituída a Brazilian Spice Association (BSA), associação civil, sem fins lucrativos, que está em fase de implementação do Planejamento Estratégico, com as ações para alcançar metas a curto, médio e longo prazos.
Quer receber as principais notícias do agro capixaba e nacional no seu WhatsApp? Clique aqui e entre no grupo do Portal Campo Vivo!
Entre as áreas de atuação da BSA estão a capacitação, educação e formação de lideranças; o fortalecimento das relações governamentais e institucionais; a responsabilidade socioambiental; o fortalecimento da imagem do setor e a comunicação estratégica; e a expansão do mercado nacional e internacional.
O foco da BSA é atuar antes, dentro e após a porteira, e com os agentes comerciais e de mercado. Segundo o secretário Executivo da BSA, Aureliano Nogueira da Costa, dentre os objetivos da associação a longo prazo estão apoiar e disponibilizar informações e condições adequadas para a maior competitividade dos exportadores, para que sejam altamente competitivos, e que tenham um ambiente de negócios rentáveis, garantindo sua permanência na atividade.
“Vamos incentivar o desenvolvimento de lideranças para representar a cadeia de pimenta e especiarias, tornando-as influentes na economia, na política e no mercado nacional e internacional. Além disso, está a articulação e promoção de parcerias públicas e privadas no âmbito econômico, social e ambiental, com destaque para a sustentabilidade, e o fortalecimento da imagem e a representatividade da cadeia produtiva, como agentes fundamentais ao crescimento e desenvolvimento sustentável, com ênfase no social, econômico e ambiental”, pontuou o secretário executivo.
O atendimento às exigências do mercado internacional quanto aos problemas com pesticida, a Antraquinona, Salmonela e Micotoxinas tem sido um dos maiores desafios do setor.
“Os principais desafios enfrentados pelo setor são atender às exigências do mercado internacional quanto à qualidade da pimenta, principalmente no que se refere às boas práticas de produção, controle fitossanitário e pós colheita”, disse o representante da BSA.
Atualmente a BSA conta com 29 empresas de exportação associadas em todo o país, sendo a maior representatividade da cadeia produtiva em território nacional e internacional, pontuou Aureliano. Fundada desde 2015 como Associação dos Exportadores de Pimenta do Reino (ACEPE), em 2023 ocorreu a alteração do Estatuto e surgiu a Brazilian Spice Association (BSA). Sua sede fica localizada no município de São Mateus.
Números
Segundo o IBGE, em 2022 o valor bruto da produção de pimenta-do-reino e especiarias do Brasil representou mais de 1,5 milhão de reais em uma área cultivada de 41.310 hectares e produção na ordem de 128.331 toneladas. Dados de 2017 reportam um total de 32.799 estabelecimentos agropecuários com pimenta-do-reino, onde 83% são propriedades de base familiar.
Por sua vez, o Espírito Santo se destaca no cenário como o maior produtor e exportador nacional de pimenta-do-reino, com um valor da produção, da ordem de R$ 976.856, em uma área colhida de 19.447 hectares e quantidade produzida de 76.533 toneladas.
Pimenta-do-reino e especiarias
Se destacam no cenário nacional e internacional como importantes produtos usados no preparo de alimentos há milhares de anos, conferindo-lhes sabor e aroma diferenciados.
Originária da Ásia, a pimenta-do-reino é uma planta da região tropical, que se adaptou muito bem às condições climáticas do Brasil, em particular às dos estados do Espírito Santo, Pará e Bahia, os maiores produtores nacionais e apresentam excelentes condições de solos, temperatura, umidade e precipitação pluviométrica conferindo condições diferenciadas para a alta produtividade e qualidade da produção.
Redação Campo Vivo