Governo do Estado realiza oficinas para elaboração do novo Plano Estratégico de Desenvolvimento da Agricultura Capixaba

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A previsão é de que o plano seja lançado em outubro. Das 43 oficinas programadas, 21 já foram concluídas

Foto: Asscom Seag

O Plano Estratégico de Desenvolvimento da Agricultura Capixaba (Pedeag 4) está previsto para ser lançado no mês de outubro. Das 43 oficinas e reuniões técnicas planejadas para acontecer até o mês de agosto, 21 já foram concluídas, abrangendo as cadeias produtivas de maior representatividade para o Estado. O Pedeag, desenvolvido pela Secretaria da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca (Seag), visa ser um referencial para o desenvolvimento das principais cadeias produtivas da agricultura, pesca e pecuária, de modo a integrar programas, projetos e ações entre os setores público, privado e não governamental.

Os encontros têm acontecido de forma setorizada, embora se tenha temas convergentes como agricultura familiar, mudanças climáticas e seus impactos na produção, e comunicação no agro, temática que pela primeira vez está sendo trazida para o âmbito do Pedeag, pontuou o subsecretário da Seag, Michel Tesch.

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Michel Tesch | Foto: Asscom Seag

“Discutir de forma individual é importante para entendermos quais são os gargalos e potencialidades de cada um dos setores. Com o mapeamento traçado conseguimos estabelecer ações que são convergentes e que possam ser trabalhadas em ambiente marco, mas também as pontuais que vão dar respostas específicas para aquele segmento”, comentou Tesch, destacando que logística, um gargalo hoje no desenvolvimento, especialmente das cadeias exportadoras do agronegócio que destina os produtos para mais de 100 países, também será tema de uma das oficinas.

Durante os encontros, por padrão metodológico, tem ocorrido a discussão e análise estratégica de todas as cadeias e temas transversais, analisando as forças, as oportunidades, as fraquezas e as ameaças.

“A realização da análise swot é uma etapa fundamental, pois servirá de base para a elaboração das propostas de iniciativas e ações, que são a forma como o plano será executado, com o intuito de fortalecer nossas excelências, aproveitar as oportunidades, afastar as ameaças e sanar nossas fraquezas. Tudo isso, com priorização e envolvimento de todos os elos das cadeias produtivas.”

Na oficina de pimenta-do-reino, realizada em São Mateus, principal município produtor do Espírito Santo, por exemplo, o subsecretário de estado informou que um dos principais desafios é a retomada da pimenta capixaba para a União Europeia e os Estados Unidos, que hoje têm restrições devido ao risco de contaminação por salmonela.

Oficina de pimenta-do-reino

“Uma parte desse desafio está sendo encaminhada pela iniciativa privada, com investimentos já em andamento em esterilizadoras, mas outra parte será trabalhada por meio de políticas públicas específicas, para disseminar as boas práticas de produção. Um exemplo claro da importância de convergir ações por meio de um plano de estado, não de governo”, relatou o subsecretário.

Outra oficina já realizada foi a de citrus, em Venda Nova do Imigrante, na região serrana, tradicional nesse tipo de produção. A possibilidade de entrada de doenças como o greening e o cranco são desafios, apesar do trabalho importante de defesa sanitária vegetal, por parte do Idaf, que executa ações no sentido de evitar a entrada de mudas e materiais genéticos de regiões que não atendam aos requisitos sanitários.

“A entrada dessas doenças traria impactos drásticos na produção, logo o é importante pensar estrategicamente e fazer contas, pois, especialmente em culturas perenes, uma lavoura mal formada impacta não só a longevidade, mas também a rentabilidade. E nesse caso específico, em que as mudas são importantes disseminadores das doenças, a compra de mudas de viveiros que não cumprem as exigências sanitárias pode coloca em risco toda a cadeia”, ressaltou o subsecretário.

A metodologia proposta para a construção do plano está dividida em três etapas: investigação de cenário, definição de estratégia e estruturação do ambiente. A elaboração do Pedeag 4 conta com o apoio do Fórum de Federações e Entidades, do Espírito Santo em Ação, que liderou o processo, e com consultoria metodológica da Futura.

Redação Campo Vivo

Valda Ravani

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