Deste valor, R$ 39,1 bilhões são referentes aos cafés arábica e R$ 10,9 bilhões aos cafés robusta
O total do Valor Bruto da Produção estimado para os Cafés do Brasil deverá atingir a soma de R$ 50 bilhões neste ano-cafeeiro 2023. Desse valor, aproximadamente R$ 39,1 bilhões, que equivalem a 78%, foram apurados para os cafés da espécie Coffea arabica (café arábica), e, adicionalmente, R$ 10,9 bilhões para os cafés da espécie Coffea canephora (café robusta+conilon), que correspondem em torno de 22% do total geral. Entretanto, como no ano-cafeeiro 2022 o valor total bruto apurado foi de R$ 53,11 bilhões, o previsto para 2023 implicará redução de 6% na comparação com o ano anterior.
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Em relação especificamente aos cafés da espécie C. arabica, caso seja feita uma avaliação comparativa do que foi estimado para 2023 com a receita bruta efetivamente apurada no ano-cafeeiro anterior de 2022, que foi de R$ 40,40 bilhões, constata-se que deverá ocorrer uma ligeira redução de 3,1%, caso tal faturamento bruto se efetive até o final da colheita da safra deste ano. Em complemento, quanto aos cafés da espécie C. canephora, cujo faturamento em 2022 foi de R$ 12,70 bilhões, nesta mesma base comparativa dos dados, verifica-se que também haverá um declínio mais expressivo de 14%.
Como os Cafés do Brasil são produzidos nas cinco regiões geográficas do país, em quinze estados da Federação e também no Distrito Federal, com expressiva concentração nos estados da Região Sudeste, para fins de mera comparação nesta análise e divulgação, vale destacar o faturamento bruto da cafeicultura previsto para este ano de 2023 para cada uma dessas regiões, em ordem decrescente.
Assim, constata-se que na Região Sudeste o Valor Bruto da Produção calculado atingirá o montante de R$ 43,95 bilhões, o qual equivalerá a 88% do total nacional. Na sequência desse ranking, na segunda posição em nível nacional, destaca-se a Região Nordeste com a receita estimada em R$ 2,54 bilhões (5%); em terceira posição, a Região Norte com R$ 2,42 bilhões (4,8%). Na quarta posição, a Região Sul com R$ 707,22 milhões (1,4%), e, por fim, a Região Centro-Oeste com valor de R$ 408,82 milhões, que correspondem a 0,8% do total geral.
Vale também destacar nesta análise que o Valor Bruto da Produção – VBP dos Cafés do Brasil, obviamente incluindo as duas espécies de cafés – Coffea arabica (café arábica) e Coffea canephora (café robusta+conilon) – ocupa a quarta posição no ranking do VBP total das dezessete lavouras utilizadas para os cálculos desse estudo. Dessa forma, a Soja se destaca em primeiro lugar com faturamento de R$ 332,67 bilhões; em segundo, o Milho com R$ 146,74 bilhões; na sequência, a Cana-de-açúcar com R$ 105,55 bilhões; e o Café brasileiro, na quarta posição, com pouco mais de R$ 50 bilhões de reais neste ano corrente de 2023.
Finalmente, cumpre esclarecer que o VBP do café é calculado com base na safra anual estimada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE, e, em complemento, tem como referência os preços médios recebidos pelos produtores, obtidos com base nos dados da Fundação Getúlio Vargas – FGV e Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada – Cepea, da Universidade de São Paulo – USP. E os preços médios de café utilizados para calcular o VBP são do café arábica tipo 6, bebida dura para melhor, e o café robusta tipo 6, peneira 13 acima, com 86 defeitos.
Embrapa Café