Após admitir que a medida provisória da renegociação de dívidas agrícolas receberá “provavelmente mais de mil” emendas no Congresso, o ministro da Agricultura, Reinhold Stephanes, indicou que o governo vai aceitar apenas alterações pontuais no texto -mudanças substanciais devem ser vetadas.
O “Diário Oficial” da União publicou ontem a medida provisória que fixa descontos, taxas de juros diferenciadas e novos prazos para o refinanciamento de até R$ 75 bilhões em dívidas rurais.
Hoje, o Conselho Monetário Nacional regulamentará alguns dos pontos que dependem de mudanças em regras financeiras. Depois disso, disse Stephanes, os produtores rurais já devem procurar os bancos.
“A medida provisória foi negociada entre nós e o Congresso, e houve entendimento”, disse o ministro. Para o presidente da Frente Parlamentar Agropecuária, deputado Valdir Colatto (PMDB-SC), o pacote poderia ter avançado mais nos juros.
Segundo Gerardo Fontelles, assessor especial do Ministério da Agricultura, a União fará um aporte inicial para estimular a participação de seguradoras no atendimento a catástrofes, mas o valor ainda não foi fechado.
Folha de São Paulo

