Doença foi detectada pela primeira vez no Brasil no Acre e é mais agressiva que a vassoura de bruxa
A identificação da presença da doença Monilíase pela primeira vez no Brasil ligou o alerta na cadeia produtiva do cacau. A doença foi detectada no Acre, numa área urbana e o foco foi considerado sob controle, ainda assim a Associação Nacional das Indústrias Processadoras de Cacau (AIPC) alerta os produtores para a importância de se ficar atento com a proliferação dessa praga, presente na América Central e em países como Venezuela, Colômbia e Bolívia e com potencial agressivo maior do que a conhecida vassoura de bruxa.
Com o objetivo de orientar o produtor, a AIPC pretende divulgar um informativo em áudio que será distribuído via WhatsApp, trazendo uma série de informações e dicas sobre como prevenir a Monilíase. A doença infecta o fruto e é causada por um fungo com potencial de reduzir em até 80% a produção. O informativo estará também disponível no site da AIPC (www.aipc.com.br).
Um dos principais pontos é ressaltar a necessidade de o produtor monitorar os frutos para evitar a doença, que se expressa pelo inchaço do cacau e o aparecimento de manchas de coloração chocolate ou castanho-escuro. Caso haja algo suspeito, o produtor não deve retirar os frutos, mas comunicar imediatamente a agência de defesa agropecuária da sua região ou a Ceplac.
O fungo que ataca o cacau pode produzir até 7 bilhões de esporos em um único fruto. Esses esporos infectam outros frutos e são facilmente carregados pelo vento, prendendo-se também a roupas e veículos. Por isso, é importante lavar as mãos antes e depois do manejo com o cacau, desinfetar as roupas e evitar trazer frutos de países nos quais a praga é presente.
Para saber mais sobre a doença e as medidas de prevenção consulte o Protocolo de Biossegurança Doméstica e a cartilha sobre a Monilíase do Cacaueiro disponíveis no site da Ceplac, clicando AQUI.
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