Safra de laranja tem pior queda em 33 anos

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Cinturão citrícola espera colher 269,01 milhões de caixas

A bienalidade associada ao clima não favoreceu a safra de laranja 20/21. O ano passado foi de pouca chuva no cinturão citrícola de São Paulo e Triângulo/Sudoeste Mineiro e, mesmo, com a volta de precipitações em dezembro e volumes até 8% maiores da média histórica, não foi suficiente para recuperar as plantas. Em janeiro a estiagem voltou a ser sentida.

Segundo nova estimativa divulgada pelo Fundecitrus, nesta quarta-feira (10), a safra na região deve ter uma quebra de 30,45% em relação à safra passada. A produção foi reestimada em 269,01 milhões de caixas. Está é a pior quebra em 33 anos.

De acordo com dados da Somar Meteorologia, o volume acumulado de 742 milímetros desde o começo da temporada, de maio de 2020 a janeiro de 2021, continua cerca de 230 milímetros abaixo da média, o que corresponde a um déficit de 24%. A situação é vista em todas as regiões do cinturão citrícola. Em Votuporanga (VOT) o déficit chega a -54%, em Bebedouro (BEB) -31% e no Triângulo Mineiro (TMG) -14%.

Com isso o peso médio que os frutos devem atingir no ponto de colheita foi reduzido. O tamanho médio é mantido em 261 frutos por caixa, o que significa que cada laranja deve pesar, em média, 156 gramas, peso 8% inferior à média das últimas cinco safras (169 gramas).

A projeção da taxa de queda de frutos subiu de 21,10% para 21,20%, avaliando todas as variedades. O aumento é justificado devido à elevação da taxa da variedade tardia Natal em 0,8%. As taxas de queda das variedades precoces atingiram os valores projetados; e da meia-estação Pera Rio e das tardias, Valência e Valência Folha Murcha devem alcançar as projeções até o final da colheita.

O fechamento da safra de laranja 2020/21 será divulgado em 12 de abril.

Agrolink

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