A Corteva Agriscience patrocina a mais recente edição do Índice Global de Segurança Alimentar (Global Food Security Index – GFSI, em inglês), que examina o estado dos sistemas alimentares de 113 países, incluindo o Brasil. O estudo foi desenvolvido pelo Economist Intelligence Unit (EIU) e apresenta uma análise sobre como as regiões estão em relação à segurança alimentar considerando três categorias: Acesso, Disponibilidade e Qualidade & Segurança dos alimentos. O estudo também considera um quarto fator, classificado pela equipe do EIU como Fator de Risco e que avalia a resiliência dos países em relação às mudanças climáticas e disponibilidade de recursos naturais.
A segurança alimentar é definida como o estado em que as pessoas têm acesso físico, social e econômico a alimentos suficientes e nutritivos que atendam às suas necessidades alimentares para uma vida saudável e ativa. Essa definição é internacionalmente aceita e foi estabelecida na Cúpula Mundial da Alimentação de 1996.
Entre os países da região da América do Sul e Central, o Brasil é o quarto colocado no ranking, empatado com a Costa Rica. No índice geral, com os 113 países de cinco continentes, o país ocupa a trigésima nona posição.
O Brasil se destaca em Qualidade & Segurança Alimentar, ocupando a primeira posição na região, resultado da melhoria na qualidade da produção local e atualização das diretrizes e estratégias nutricionais. Entre os critérios avaliados nesta categoria, o Brasil obteve nota máxima (escala de 0 a 100) nos quesitos: Presença e qualidade de programas de rede de segurança alimentar, Acesso a financiamento para agricultores e Padrões nutricionais. Mesmo diante dos desafios que o Brasil enfrenta com questões de financiamento agrícola, o país ocupa uma posição de destaque quando comparado com os demais países da América do Sul e Central.
Risco crescente de desastres relacionados ao clima
O relatório também revelou que a América do Sul e Central está exposta a riscos climáticos, como aumento de temperatura e severidade das tempestades, que podem comprometer a segurança alimentar em toda a região, principalmente nos países insulares da América Central e do Caribe. Essa ameaça é ainda maior pelo progresso limitado da região no desenvolvimento de medidas de alerta precoce ou no investimento em práticas agrícolas inteligentes em termos climáticos.
Acesso e disponibilidade
Apesar dos programas de segurança alimentar estabelecidos em toda a região, o acesso aos alimentos está ameaçado pelo aumento dos preços entre os países pesquisados da América do Sul e Central. Infraestrutura rodoviária também é um problema, dificultando o transporte eficiente de alimentos, particularmente nas áreas rurais. Ao investir na qualidade das estradas, os países podem melhorar as cadeias de suprimento e garantir disponibilidade de alimentos de forma consistente.
Disparidade significativa em variedade, qualidade nutricional e segurança dos alimentos
Os governos da América do Sul e Central demonstram um forte compromisso com a melhoria dos níveis de nutrição, com a maioria dos países atualizando diretrizes e estratégias nutricionais recentemente. O Brasil ocupa uma posição de destaque nesse pilar, sendo o país com a nota mais alta da região.
No entanto, países de baixa e média renda, como Haiti e Bolívia, têm níveis mais baixos de diversidade alimentar, disponibilidade de micronutrientes e acesso a eletricidade e água potável. Investimentos como subsídios a frutas e legumes ou programas para aumentar a disponibilidade de suplementos nesses países podem, assim, ajudar a aumentar o consumo de micronutrientes críticos.
Sobre o Índice Global de Segurança Alimentar
O GFSI (sigla em inglês) é uma avaliação abrangente do estado da segurança alimentar global desenvolvida pela Economist Intelligence Unit (EIU), apoiada pela Corteva Agriscience. O Índice, divulgado anualmente, fornece uma estrutura comum para entender as principais causas da insegurança alimentar – o estado de estar sem acesso a alimentos suficientes, seguros e nutritivos para manter uma vida saudável e ativa – usando um modelo dinâmico de avaliação quantitativa e qualitativa. Ele examina as mudanças no ambiente global e nos sistemas alimentares de 113 países, comparando-os com os três principais pilares – acessibilidade, disponibilidade, qualidade e um quarto fator de ajuste, recursos naturais e resiliência. Agora em sua 8ª edição, o GFSI se tornou uma referência política para os governos, uma ferramenta de pesquisa para a academia e uma ferramenta de diagnóstico do país para o setor privado em investimentos.
Os cinco relatórios regionais do GFSI 2019 incluíram Ásia-Pacífico, África (incluindo a África Subsaariana e Norte da África) e Oriente Médio, América Central e do Sul, Europa e América do Norte.
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