Molhar o telhado é uma prática muito adotada na tentativa de reduzir o calor principalmente nas cidades e aglomerados urbanos. Porém, além de não ser um método tão eficiente, é pouco sustentável, pois desperdiça água e energia. Este exemplo foi utilizado na conferência de abertura do IX Encontro Nacional de Substrato e III Congresso Brasileiro de Resíduos Orgânicos. O evento segue até a próxima quinta-feira (07) no Hotel Golden Tulip, em Vitória.
A conferência de abertura foi ministrada pelo professor doutor Wellington Mary, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro. Ele abordou as Potencialidades Tecnológicas para Cultivo em Cobertura de Edificações e Seus Efeitos em Áreas Urbanas, apresentando as técnicas mais utilizadas e inovadoras, como telhado e cortina verde, as indicações de aplicação mais recomendadas e os benefícios de sua utilização.
Na solenidade, a coordenadora Adelaide Santana da Costa destacou a importância de buscar alternativas para a destinação adequada dos resíduos orgânicos. “A base da solidez da agricultura é a produção de mudas de qualidade, que garantem ganhos de produção e de produtividade. Todas as mudas são feitas em substrato, não em solo. Por isso a importância econômica, social e ambiental destes dois eventos”, disse.
O diretor-técnico do Incaper, Aureliano Nogueira da Costa, ressaltou que os eventos fortalecem a missão do Incaper de produzir soluções tecnológicas e sociais por meio de ações integradas de pesquisa, assistência técnica e extensão rural, visando o desenvolvimento do Espírito Santo. “O tema perpassa por diversas áreas temáticas. Não merece o olhar isolado ao meio ambiente, ou apenas à economia. É uma integração”, destacou.
“A Fapes já abriu um edital específico para a pesquisa agropecuária, e estuda a possibilidade de abrir um edital específico para a pesquisa e a extensão do Incaper”, anunciou o presidente da Fundação de Amparo à Pesquisa do Espírito santo (Fapes), Anilton Sales.
O presidente do Incaper, Maxwel Souza de Assis, evidenciou a grandiosidade da agricultura familiar no Estado, e a constante demanda por pesquisa agropecuária justamente para atender às necessidades dos produtores rurais. “Nossa ideia é tornar esses eventos um verdadeiro marco na questão de substratos e resíduos orgânicos. Até pouco tempo atrás, os resíduos eram tratados como algo que não prestava, e a gente desperdiçava esta importante matéria prima”, pontuou, abrindo oficialmente os eventos.
Os trabalhos desta terça-feira (05) já estão em andamento. Mais de 200 participantes foram inscritos nos eventos, que contam ainda com a apresentação de mais de 160 trabalhos técnico-científicos. Para obter mais informações, acesse: http://www.cbro-substrato.com.br.
Juliana Esteves

