Cotações do cacau se mantêm em alta com perspectiva de menor oferta global

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As cotações de cacau seguem em alta, por causa de preocupações com uma menor safra na Costa do Marfim, maior produtor do mundo, após escassez de chuvas no País nas últimas semanas, avalia o banco Commerzbank. Desde o início do ano, a alta nos preços foi de 10%.

Na sexta-feira, em Nova York, o preço do cacau ultrapassou a marca de US$ 2.800 por tonelada pela primeira vez desde maio de 2018. Em Londres, o preço do cacau subiu para £ 2.000 por tonelada ontem, nível excedido na sexta-feira pela primeira vez desde novembro de 2016.

Na avaliação do banco, os receios de que os déficits nas colheitas sejam significativos ainda parecem exagerados no momento, já que ainda é possível que haja novas chuvas. As perspectivas de alguns produtores para a safra intermediária, que começa em abril e continua até setembro, são otimistas.

Já a safra principal, ainda em andamento, não é motivo de preocupação porque entre o início da colheita em outubro e meados de janeiro, os embarques para os portos da Costa do Marfim cresceram 9% ante igual período do ano passado, totalizando 1,35 milhão de toneladas.

Além disso, os preços dos contratos futuros que ainda se referem ao ano-safra atual podem subir ainda mais com o aumento da demanda, em antecipação ao valor adicional de US$ 400 por tonelada que será cobrado na próxima safra. O valor foi estabelecido por Costa do Marfim e Gana para tentar melhorar as condições de vida dos produtores de cacau.

Agência Estado

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