A perspectiva de exportações acima do que vinha sendo projetado – hipótese levantada no início desta semana – não se confirmou, pois o consolidado de abril, conforme dados ontem divulgados pela SECEX/ME, ficou pouco acima do previsto ao final da terceira semana do mês, totalizando 310.836 toneladas de carne de frango in natura.
Se não é um resultado tão bom como foi aventado é, pelo menos, o melhor abril dos últimos três anos. Ou – para demonstrar que, ainda assim, foi um bom resultado – é o terceiro melhor abril dos últimos 10 anos, período em que a média embarcada no mês não foi muito além das 300 mil toneladas.
Claro que, se comparado com o resultado do mês de março, o volume embarcado registrou piora. Pois, a despeito de ser mais curto (19 dias úteis segundo a SECEX/ME), o total embarcado em março passado foi 2,2% superior ao exportado nos 21 dias úteis de abril.
Já foi dito – e será repetido não só agora, mas também em outros meses deste ano – que a comparação dos resultados atuais com o que foi registrado em abril do ano passado é absolutamente ilusória. Porque, na época, ocorreram mudanças no sistema de contabilização das exportações (processo que durou alguns meses) e, em consequência, os dados efetivos de um ano atrás acabaram subestimados, sendo corrigido nos meses posteriores.
Também foram negativos em abril (pelo menos em relação a março passado) o preço médio e a receita cambial auferida. Mas o quadro muda de figura totalmente quando se avaliam esses mesmos resultados sob o ângulo do acumulado no primeiro quadrimestre do ano.
Pois preço médio e receita cambial estão, agora, cerca de 3,5% acima dos registrados no mesmo quadrimestre de 2018, enquanto o volume total embarcado apresenta redução de apenas 0,14%. É índice que tende à reversão ainda no primeiro semestre de 2019.
Avisite