A presidente do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES), engenheira civil Lúcia Vilarinho, participou na manhã desta segunda-feira (6/8) do lançamento do Plano Diretor Ambiental da Vale, no Parque Botânico da empresa, em Vitória. Na ocasião, a mineradora anunciou que vai investir R$ 1,27 bilhão em ações ambientais nos próximos cinco anos, com o compromisso de reduzir emissões de poeira e aprimorar a gestão hídrica na planta industrial de Tubarão.
Entre as ações de controle da poeira estão previstas a aplicação de produto à base de celulose inédito no Brasil nas pilhas de minério; a implantação de quatro novas barreiras de vento (wind fences); a adequação de 40 km de correias transportadoras; e a instalação de canhões de névoa, parecidos com turbinas de avião, posicionados nos pátios de pelotas para criar uma cobertura de névoa de água sobre as pilhas.
“O aumento no controle da poluição é uma demanda urgente para a comunidade capixaba e a geração de empregos, prevista no Plano Ambiental da Vale, é também uma contribuição bastante importante para a economia do Estado”, avalia a presidente do Crea-ES.
Novos empregos
Segundo a Vale, as ações previstas no Plano Ambiental vão gerar cerca de 1.500 novos empregos na Grande Vitória. Os serviços mais demandados passam pela fabricação de caldeiraria e estruturas metálicas, montagem eletromecânica e obras civis. As intervenções devem criar oportunidades para profissionais das áreas de mecânica, montagem, caldeiraria, soldagem, carpintaria, elétrica, entre outras.
Com o lançamento do Plano Diretor Ambiental, a Vale se compromete ainda a continuar estudando novas tecnologias para redução de poeira, tanto nas fontes difusas quanto nas chaminés, e reforça sua intenção de firmar um novo Termo de Compromisso Ambiental com os órgãos competentes e a sociedade para garantir transparência e acompanhamento das ações que serão implementadas. “Nosso compromisso é reduzir ao máximo as emissões”, afirma o diretor-executivo de Sustentabilidade e Relações Institucionais da Vale, Luiz Eduardo Osorio.
O Plano Diretor Ambiental em números:
– 6,5 km de novas wind fences, equivalente a 157 mil m2 de telas;
– 40 km de correias transportadoras que serão adequadas e/ou enclausuradas;
– 3 canhões de névoa com alcance de 150 metros, pesando 6,5 toneladas e com 7 metros de comprimento cada – parecidos com uma turbina de avião – posicionados em torres de 9 metros de altura dentro do pátio de pelotas já cercado com wind fences;
– 5 viradores de vagões enclausurados;
– 1.220 sistemas de transferência de correias que serão adequados e/ou enclausurados;
– 37 mil m2 de telhas para enclausuramento das casas de transferência;
– 695 sistemas de limpeza de correias instalados e/ou modificados;
– 180 mil m3 de volume de reserva de água e efluentes
Crea/ES
