Em debate com produtores rurais, o secretário de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Neri Geller, disse que o Plano Agrícola e Pecuário (PAP) 2018/2019 deverá manter, no mínimo, os R$ 188 bilhões aprovados para a colheita passada.
O diretor de Crédito do Mapa, Wilson Vaz Araújo, alerta que “a agricultura não pode prescindir de níveis adequados de recursos ao produtor, pela sua importância no controle da inflação, na balança comercial e na retomada do crescimento econômico”. O diretor disse ainda que o plano poderá ser apresentado um pouco mais cedo este ano. Em 2017 o PAP foi anunciado em 7 de junho.
Entre as novidades do Mapa para o Plano Safra 2018/2019 estão a implantação de um sistema de seguro que seja feito por meio de leilão direto para o produtor, e não pelo agente financeiro. “Eu reconheço que nós precisamos avançar. Por isso, façam encaminhamentos práticos, e a gente altera o que seja factível”, completou Geller.
Na última sexta-feira (23), integrantes do Ministério da Agricultura e da Fazenda, produtores rurais e lideranças de entidades do agronegócio, debateram as propostas para o novo PAP em Lucas do Rio Verde, Mato Grosso, com mais de 700 produtores, técnicos e estudantes.
A principal reivindicação foi a redução da taxa de juros para o próximo Plano Safra. A logística e a melhoria da infraestrutura de transporte fora, outras reivindicações importantes: a conclusão da pavimentação da BR 163 e a implantação de ferrovia ligando a região Centro-Oeste ao terminal de Miritituba, no Pará, e aos demais portos do Arco Norte.
Os juros poderão recuar a partir de julho quando começarem os preparativos para o novo ciclo de produção. O corte será feito para seguir as reduções que estão ocorrendo na taxa básica de juros, a Selic, fixada em 6,5% ao ano, contra os 8,5% anuais cobrados sobre as operações de custeio. O saldo de aplicação de 2017/2018 deverá ser de R$ 150 a 155 bilhões até 30 de junho.
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