Setor produtivo está adotando nova postura para condução dos negócios

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“A nossa perspectiva é que o setor agropecuário impulsione uma nova postura no combate à corrupção”, disse Eumar Novacki, secretário executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), nesta segunda-feira (27), em São Paulo, na abertura do Summit Agronegócio Brasil 2017, seminário internacional promovido pelo jornal O Estado de S. Paulo.

“Não é só a corrupção que atrapalha o País”, disse ainda Novacki. “A incompetência é irmã gêmea da corrupção. Não podemos imaginar a gestão pública como se fazia há 50 anos.”

Novacki explicou que hoje o Ministério da Agricultura está focado nos resultados e não mais nos procedimentos e processos. A gestão não deve ser vertical, de cima para baixo, mas em rede, em parceria com o setor produtivo, e por essa razão o Ministério é mais eficaz na solução de numerosos problemas.

Em seu discurso, o secretário disse acreditar que no momento em que a sociedade brasileira condena desvios de conduta, exigindo ética e mudança de rumos, o Ministério da Agricultura avança passos importantes com o lançamento de seu programa de compliance no próximo dia 12, no Palácio do Planalto, e firma um Pacto pela Integridade com o setor produtivo.

O pacto estabelece regras claras para o relacionamento do Ministério com as empresas e como devem proceder seus servidores. Por sua vez, cada empresa do agronegócio deve instituir também um programa de  conformidade.

E para estimular empresas e entidades na adoção das novas regras e de fazer cumprir a leis, o Ministério criou o selo Agro+ Integridade.

“O selo será concedido às empresas que, além de implementarem seus planos de conformidade com foco na anticorrupção, demonstrem sustentabilidade, respeito ao meio ambiente e responsabilidade social. Será um diferencial para os consumidores brasileiros e estrangeiros ao garantir que essas empresas produzem segundo os mais altos padrões de qualidade.”

Novacki fez um balanço das ações do Ministério da Agricultura para ampliar o comércio de alimentos brasileiros e conquistar novos mercados. Em 18 meses foram visitados mais de 50 países nas missões chefiadas pelo ministro Blairo Maggi e pelo Secretário Executivo.

“Além de defender a qualidade do produto brasileiro”, disse Novacki, “estamos desmitificando a informação errônea de que não preservamos o meio ambiente.”

O secretário apresentou números baseados em dados pesquisados pela Embrapa, estimando que 66,3% do território brasileiro é coberto por vegetação nativa, o equivalente a área de todos os 28 países da União Européia, e mais quatro Noruegas.

O valor imobilizado de toda essa imensa área é de R$ 2 trilhões. A preservação ambiental custa perto de R$ 950 bilhões, contabilizando-se os gastos de programas específicos do IBAMA, das secretarias de meio ambiente estaduais e da polícia ambiental.

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