Das 20 espécies de frutas mais consumidas no Brasil apenas três são nativas. Esse número foi apresentado no XXIV Congresso Brasileiro de Fruticultura, em São Luís, no Maranhão. A chefe da área de pesquisa do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), Sarah Ola Moreira, foi a representante do Instituto no evento.
O tema do Congresso foi Fruteiras Nativas e Sustentabilidade. “Essa temática é de grande relevância. Acabamos importando o gosto pelas frutas de outros países e não desenvolvemos a fruticultura local. A mata Atlântica, por exemplo, é riquíssima em frutas, mas poucas são exploradas comercialmente. Entre elas, podemos citar a pitanga, jabuticaba, juçara, araçá-una, cambuci, cambucá e uvaia”, explicou Sarah.
Durante o Congresso, a pesquisadora do Incaper secretariou a oficina de trabalho da região Sudeste sobre fruteiras nativas. “Foi criado um documento único para propor um conjunto de ações a fim de incentivar a produção e comercialização de fruteiras nativas, bem como subsidiar políticas públicas e agências de fomento”, explicou Sarah.
Além disso, no Espírito Santo, profissionais do Incaper e do Instituto Federal do Espírito Santo (Ifes), que também estiveram no evento, devem reunir-se para traçar ações em conjunto a fim de incentivar fruteiras nativas.
Apresentação de trabalhos
O Incaper apresentou seis trabalhos no Congresso, que contou com a apresentação de 763 ao todo. Participaram desses trabalhos, além da pesquisadora Sarah Ola, as pesquisadoras Karin Kuhlcamp e Fabíola Barros, do Centro Regional de Desenvolvimento Rural Centro Norte, Edileuza Galeano e Adelaide Santana da Costa, de Vitória, além dos bolsistas do Programa de Iniciação Científica (Pibic) do Incaper.
Os temas dos trabalhos levados pelo Instituto foram:
– Desenvolvimento inicial de famílias de irmãos procedentes da cultivar rubi incaper 511.
– Parâmetros genéticos em famílias de meio-irmãos da cultivar rubi 511 na fase vegetativa.
– Tamanho amostral ótimo para variáveis morfoagronômicas em frutos de mamão.
– Correlações entre caracteres morfoagronômicas e de reação a doenças em mamoeiro da cultivar rubi 511.
– Correlações entre variáveis morfoagronômicas em mamoeiro em estágio juvenil.
– Perdas na fruticultura em 2015 e sua relação com a crise hídrica.
O Congresso foi promovido pela Sociedade Brasileira de Fruticultura (SBF) e realizado pela Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Instituto Federal do Maranhão (IFMA), Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e Governo do Estado do Maranhão. A próxima edição do evento ocorrerá em Porto Seguro, na Bahia.
Para saber mais sobre o evento, acesse: http://www.fruticultura2016.com.br/