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O Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) apresenta defasagem no seu quadro de servidores. Segundo o presidente da Associação de Servidores do Incaper (Assin), Edegar Antônio Formentini, atualmente 280 profissionais atendem a cerca de 88 mil famílias, sendo que o ideal seria uma quantidade mínima de 880, sendo uma técnico para cada 100 famílias, para garantir assistência técnica de qualidade.
Formentini participou de reunião da Comissão de Agricultura na manhã desta terça-feira (22), na Assembleia. Além da recomposição no quadro de servidores, ele considerou urgente o reequilíbrio do orçamento do órgão e a revisão do plano de carreira.
“São vários profissionais se aposentando outros saindo porque estão encontrando salários melhores em outros órgãos. Então, a quantidade de profissionais vai diminuindo e o trabalho aumentando e o Governo não contrata ninguém como deveria ser feito”, afirmou Formentini.
Corte no orçamento
Segundo ele, “com relação ao orçamento do Incaper, foi cortado 50% do orçamento para pesquisas e 50% para assistência técnica e extensão rural”. Formentini também fez críticas ao plano de cargos e carreiras do instituto. “Você não pode contratar um doutor como doutor; a contratação é feita como graduado e ele tem de esperar três anos para depois receber como doutor e isso faz com que esses profissionais procurem outros institutos”, afirmou.
A presidente da Comissão de Agricultura, deputada Janete de Sá (PMN), disse que, diante do que foi apresentado por Formentini, será agendada uma reunião entre o secretário de Estado da Agricultura, Octaciano Neto, o diretor-presidente do Incaper, Wanderley Stuhr, e a Assin para que sejam discutidos os rumos da agricultura no Estado.
Wagner Bourguignon/Web Ales