Em meados de março, o CNC e a Fundação Procafé divulgaram projeção de safra entre 40,3 milhões e 43,25 milhões de sacas de 60 kg, indicando a possibilidade de um recuo expressivo na comparação com 2014.
"Nossas bases produtivas nos reportam a grande incidência de cafés miúdos e a consequente necessidade de mais grãos para se encher uma saca", disse o presidente do CNC, Silas Brasileiro, em boletim semanal da entidade.
O conselho, que representa produtores e cooperativas, entende que "players e empresas internacionais superestimam nossas produções com o intento de pressionar as cotações".
O café arábica tem sido negociado na bolsa de Nova York perto do menor patamar desde o início de 2014.
Operadores dizem que a forte desvalorização do real frente o dólar nas últimas semanas tem estimulado vendas de produtores, pressionando as cotações.
Em seu relatório, o próprio CNC destaca que houve aumento dos negócios no mercado físico brasileiro devido à valorização da saca de café, após a alta do dólar frente o real.