Para o presidente do Sistema Findes, Marcos Guerra, a ausência “coloca um pé no freio” da indústria cafeeira capixaba. “As marcas do Estado são uma referência nacional. Elas souberam se fortalecer e conseguiram evitar a onda de aquisições do mercado nacional. Nossos produtos possuem qualidade e valor agregado – com cafés especiais, cápsulas, entre outros itens. Esta seria uma grande vitrine para a produção capixaba”, lamenta.
Segundo o presidente do Sindicato da Indústria de Torrefação e Moagem de Café do Espírito Santo (Sincafé), Egídio Malanquini, o evento representava uma oportunidade ímpar para a indústria local. “Nesta edição apresentaríamos a evolução realizada ao longo dos últimos dez anos pelos produtores, pelos industriais e pelo Incaper na qualidade dos cafés capixabas, do grão aos produtos acabados. Planejamos apresentar um novo conceito de consumo para o café Robusta, do qual nosso Estado é o maior produtor do país”, lembra.
O tipo Robusta é mundialmente aceito para produção de café solúvel. De acordo com Malanquini, o produto capixaba quebra esse conceito. “Conseguimos melhorar geneticamente esse grão com muitos estudos para torná-lo um café viável em outros tipos de consumo, como o café espresso e o café comum. Trazer formadores de opinião dos Estados Unidos e do resto do mundo para provar este café seria uma oportunidade ímpar”, destaca o presidente do Sincafé.
O Espírito Santo é o maior produtor de Robusta do Brasil e o segundo maior produtor de Arábica. Atualmente, a cadeia produtiva gera cerca de 400 mil empregos, entre diretos e indiretos.