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A cafeicultura é um dos pilares da economia capixaba, e a irrigação tem sido essencial para aumentar a produtividade e a renda dos produtores. Líder na produção de café Conilon no Brasil, o Espírito Santo tem ampliado suas lavouras, gerando empregos e impulsionando o desenvolvimento regional, especialmente com a modernização das técnicas de cultivo.
Com o uso da irrigação, a produção tem atingido patamares mais altos, com áreas irrigadas chegando a até 90 sacas por hectare. “Hoje, o produtor não imagina o cultivo sem irrigação. A água, quando bem aproveitada, permite um controle maior sobre a colheita e a qualidade do grão, resultando em um café de alto padrão e mais rentável”, explica Elídio Torezani, engenheiro agrônomo e diretor da Hydra Irrigações.
Segundo a Secretaria da Agricultura, o cultivo do café está presente em cerca de 75 mil das 108 mil propriedades agrícolas do estado, reforçando sua importância econômica. Além disso, a atividade gera aproximadamente 400 mil empregos diretos e indiretos, movimentando a economia tanto em nível local quanto regional.
Relevância pelos números
Os números expressivos do setor não param por aí. Em 2024, as exportações de café capixaba para a União Europeia cresceram 150%, saltando de 1,6 milhão para quase 4,1 milhões de sacas. Esse desempenho reflete a crescente valorização dos grãos produzidos na região, especialmente do Conilon, que conquistou o mercado europeu.
O valor das exportações triplicou, passando de US$ 260,1 milhões para US$ 852,6 milhões, com um aumento de US$ 592,5 milhões nas compras europeias em relação ao ano anterior.
Desafios e oportunidades
Apesar do sucesso da cafeicultura irrigada, o acesso ao crédito para investimentos em novas tecnologias e expansão da irrigação ainda é um desafio.
“A burocracia para a liberação de crédito agrícola ainda é um empecilho para muitos produtores. Precisamos simplificar os processos e garantir que os cafeicultores tenham acesso a recursos para investir em novas tecnologias, que são essenciais para o crescimento do setor”, ressalta Torezani.
Além disso, a obtenção da outorga de captação de água, documento essencial para garantir o uso do recurso de forma legal, ainda é um processo moroso e burocrático. Isso pode dificultar o avanço de muitos produtores na implementação de sistemas modernos de irrigação. “É preciso ampliar as estruturas dos órgãos responsáveis para que esses processos sejam agilizados”, sugere o engenheiro agrônomo.
O futuro da cafeicultura
A irrigação não apenas garante maior produtividade, mas também gera impactos sociais positivos. O aumento da produção tem resultado em uma melhoria significativa na qualidade de vida dos produtores, especialmente os pequenos.
Segundo Torezani, com o crescimento das lavouras irrigadas, muitos cafeicultores estão investindo em melhorias em suas propriedades, como moradias mais modernas, acesso à internet e infraestrutura que contribui para a permanência das novas gerações no campo. Esse fenômeno tem ajudado a reverter o êxodo rural, com jovens retornando ao campo após se especializarem nas cidades, trazendo novos conhecimentos e tecnologias para impulsionar o setor.
“A cafeicultura irrigada tem transformado a vida das pessoas. As pequenas propriedades estão prosperando, e o que vemos é uma evolução evidente nas regiões produtoras”, conclui Torezani.
Assessoria de Imprensa da Hydra Irrigações