Mudas de café podadas se desenvolvem bem no campo

Em teste, verificou-se que mudas já grandes, podadas e plantadas em seguida, têm bom pegamento e desenvolvimento normal

por Portal Campo Vivo
Aspecto geral do teste, em campo, com plantio de mudas podadas. João Pinheiro (MG), jun/24. Foto: divulgação

Em teste efetuado em campo, verificou-se que mudas já grandes, podadas e plantadas em seguida, têm bom pegamento e desenvolvimento normal. 

As mudas de café são formadas em viveiro até completarem o crescimento adequado ao seu plantio. Normalmente elas são levadas ao campo quando estão no tamanho correspondente a 4-6 pares de folhas. 

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Acontece que, por diversas razões, ora por falta de chuva adequada ao plantio, ora por atraso no preparo do terreno, além de outras causas, as mudas permanecem no viveiro por mais tempo, desenvolvendo-se e crescendo muito. São as chamadas mudas passadas. 

As mudas de café grandes, passadas, apresentam problemas em plantios no campo. Elas têm sua relação sistema radicular parte aérea diminuída, sentindo mais períodos de stress hídrico. Ainda, ficam muito sujeitas a tombamento por ventos, tudo isso prejudicando seu desenvolvimento e a uniformidade na formação da lavoura. 

Alguns trabalhos de pesquisa demonstraram a viabilidade de uso de mudas passadas, depois de submetidas a podas e mantidas no viveiro. Essa poda foi determinada como favorável e indicada em altura de 7-10 cm do colo, para que 3-4 meses após, com nova brotação crescida, as mudas possam ser levadas a campo. 

No presente trabalho, foi testada uma poda feita um pouco mais alta e com plantio em seguida. O teste foi realizado sobre mudas da cultivar mundo novo, semeadas em fevereiro de 2023, e formadas em bandejas de 18 células, com volume de 500 ml e que iriam a campo em novembro daquele ano, estando, portanto, com 10 meses, já no estágio de emissão de 2 pares de ramos plagiotrópicos. 

As mudas foram podadas a cerca de 12 cm de altura e foram plantadas 3 dias após. O plantio ocorreu no final de novembro, com 4 mil mudas no teste, em área plana, com irrigação de gotejo, no município de Diamantina (MG). Na mesma ocasião foi plantada uma área, ao lado, com mudas no tamanho normal, como comparação. 

Para avaliação do comportamento de crescimento das plantas do teste, foram feitas medições, em meados de junho de 2024, 6,5 meses após o plantio, determinando-se a altura das plantas, diâmetro do caule e número de ramos plagiotrópicos por planta. 

Os resultados obtidos constam da tabela 1. Verifica-se que as mudas podadas tiveram um desenvolvimento normal, comparável àquelas plantadas com tamanho ideal e sem podas. Conclui-se que é possível aproveitar mudas passadas, podadas e logo em seguida plantadas, constituindo mais uma alternativa para seu aproveitamento.

José Braz Matiello, por Café Point

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