Frango d’água de três marcas é retirado de supermercados por excesso de gelo

por admin_ideale

 


Mais de 30 toneladas de frango congelado foram recolhidas das 21 unidades do supermercado Epa localizadas no Espírito Santo. Somente na loja de Laranjeiras, na Serra, a maior do grupo, foram retirados dos freezeres. Os produtos das marcas Rigor, Real e Avivar foram retirados dos pontos de venda e devolvidos ao fornecedor. No caso da empresa Rigor, todas as formas de apresentação do produto foram recolhidas. Da Real, estão suspensas as vendas de frangos inteiros e da empresa Avivar, está proibida a venda da embalagem com partes de frango.

Nesta quinta-feira, uma equipe do Procon percorreu unidades do supermercado e autuou os gerentes. Segundo o órgão de proteção ao consumidor, cada embalagem de frango das marcas citadas, contém 25% de água na forma de gelo. A legislação permite a presença de no máximo 6% de água na carcaça do frango congelado.


A gerente do Procon Estadual, Denize Izaita Pinto, explica que a reclamação do excesso de água no frango partiu de um consumidor. “Foram reclamações de consumidores que motivaram essa verificação, inicialmente por parte do Ministério da Agricultura. O consumidor desconfiou que havia mais água do que deveria e fez a verificação em casa. Acionou o Procon e a fraude foi confirmada. Além do excesso de água, em algumas marcas faltam informações sobre o frango”.

E quem não sabia sobre o “frango d´água” pagou quase metade do preço pelo gelo que acompanha a ave. A empresária Sônia Maria Nunes, 51 anos, revelou que já havia desconfiado do problema, ao levar um dos produtos para casa. “Quando você abre o frango tem mais gelo do que carne. O frango fica pequeno e tem aquele monte de água”.

Já a pedagoga Adriana Nascimento, 40 anos, compra pelo preço do quilo da ave congelada e não atenta muito ao gelo que acompanha o produto. “Não costumo pesar o frango e geralmente você não tem uma balança em casa. Inclusive eu fiz um frango e eu notei que ele tinha bastante água. Mas, não sabia que vinha tanta gelo. Achei que estava tudo certo no supermercado”.

Nos rótulos das ambalagens, o Procon verificou ainda a ausência de informações sobre a quantidade de água permitida por lei no produto e quanto há na embalagem. Denise Izaita explicou que o consumidor pode ajudar o Procon a fiscalizar. “Qualquer um ao levar o frango para casa pode fazer o descongelamento e ver o quanto de água havia na embalagem. Mas, o consumidor deve descongelar a ave, deixando a embalagem na geladeira, para evitar que a carne perca proteínas e nutrientes”.

O gerente do supermercado Epa de Laranjeiras, Ilton Barbosa, revelou que toda a determinação do Procon foi cumprida e que todos os produtos com irregularidades das três marcas foram retirados dos pontos de venda das 21 lojas que existem no Estado. Segundo Ilton Barbosa a venda das marcas está supensa até que a situação dos alimentos seja regularizada.

Ele conta que, assim como os consumidores, se sente enganado com o execesso de água. “A gente pensa que pelo fato de vir com o selo do Ministério da Agricultura, o produto está apto a ser repassado pelo consumidor, que tem qualidade. Mas, vemos que isso não acontece na prática”.

O Procon adiantou que a fiscalização continua na próxima semana e será realizada em outras redes de supermercado da Grande Vitória. Procons municipais do interior do Estado também serão acionados.


Resposta das empresas

As três empresas notificadas se manifestaram por meio de nota, enviada à TV Gazeta. A Rigor reconheceu o problema e prometeu resolvê-lo. A assessoria de imprensa explicou que a situação foi provocada por funcionários recém-contratados. A Real Alimentos informou que vai recolher amostras para analisar e tomar providências. Já a Avivar garantiu que cumpre todas as normas para uso de água no frango e se comprometeu a fazer novos testes assim que for notificada.


Redação Gazeta Rádios e Internet

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