As exportações de carne de frango do Brasil atingiram 389,1 mil toneladas em novembro, terceiro maior volume mensal já registrado no país e uma alta de 15,2 por cento ante o mesmo mês de 2014, apontando para um novo recorde de embarques em 2015, informou nesta quarta-feira a associação que reúne as empresas do setor.
"Em praticamente todos os mercados houve elevações nos níveis dos embarques em novembro, confirmando que os entraves gerados pela paralisação do Porto de Itajaí, na primeira quinzena de outubro, foram as causas da retração registrada naquele mês", disse em nota o presidente-executivo da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Francisco Turra.
As exportações, que incluem carne in natura, cortes, salgados, processados e embutidos, geraram receita de 2,297 bilhões de reais em novembro, alta de 33,8 por cento, na esteira da forte desvalorização da moeda brasileira desde o ano passado.
Em dólar, contudo, a receita caiu 9,7 por cento, para 608,3 milhões.
Em um momento em que a desvalorização do real favorece a competitividade de commodities brasileiras no exterior, as exportações de outros produtos –como soja em grãos, farelo e óleo de soja, milho, carne suína, etanol e petróleo bruto do Brasil– já superam nos primeiros 11 meses de 2015 os volumes registrados no ano de 2014 inteiro.
Na véspera, a Secretaria de Comércio Exterior (Secex) havia informado que os embarques de carne de frango in natura do Brasil em novembro atingiram 343,6 mil toneladas, alta de mais de 15 por cento ante o mesmo mês de 2014.
Nos 11 primeiros meses do ano, os embarques de carne de frango somam 3,9 milhões de toneladas, alta de 4,1 por cento, segundo a ABPA.
O volume acumulado e o atual ritmo mensal de embarques indicam que o setor facilmente superará em 2015 o recorde de 2014, quando foram embarcados 4,1 milhões de toneladas.
"Já se conclui, sem surpresas, que teremos um saldo total positivo em 2015", afirmou o vice-presidente de aves da ABPA, Ricardo Santin.
Já a receita em dólares das exportações de frango, que somaram 6,6 bilhões nos 11 primeiros meses de 2015, estão longe de alcançar a marca de 2014, de 8,08 bilhões de dólares.
