Rainforest Alliance lança certificação de agricultura regenerativa para o café

Novo selo de agricultura regenerativa, que começará a aparecer em 2026, mede impacto sobre solo, biodiversidade e renda de cafeicultores no Brasil e em três outros países

por Portal Campo Vivo
Foto: divulgação

A Rainforest Alliance anunciou nesta segunda-feira (8) o lançamento de sua nova certificação de agricultura regenerativa (AR), voltada inicialmente para a cafeicultura. O selo começará a aparecer nos produtos a partir de 2026 e já está sendo implementado em fazendas no Brasil, Costa Rica, México e Nicarágua. A organização prevê ainda expandir a certificação, no mesmo ano, para cacau, frutas cítricas e chá.

O objetivo é estimular produtores e empresas a restaurar ecossistemas em paisagens tropicais, em um momento crítico de mudanças climáticas e pressões socioeconômicas que afetam sobretudo pequenos agricultores — responsáveis por 70% do café produzido no mundo.

“É hora de fazermos a transição para um novo modelo de agricultura – em que cada xícara de café devolva mais do que retira da terra e das pessoas que se importam com ela”, afirmou o CEO da Rainforest Alliance, Santiago Gowland, em comunicado à imprensa.

A certificação foi desenvolvida ao longo de anos de pesquisas em conjunto com produtores e empresas. Estudos recentes mostram que práticas regenerativas podem elevar a renda dos agricultores em até 30%. O modelo mede progresso e resultados em cinco áreas: saúde e fertilidade do solo, resiliência climática, biodiversidade, gestão da água e meios de vida. A verificação será feita por auditoria periódica e independente.

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Segundo a Rainforest Alliance, o Brasil é estratégico para o avanço da agricultura regenerativa, especialmente no setor cafeeiro. Em entrevista ao CaféPoint, Yuri Feres, diretor da organização no Brasil, afirmou que a nova certificação fortalece a resiliência dos produtores frente às mudanças climáticas, amplia o acesso a mercados internacionais exigentes e gera valor agregado por meio da restauração de ecossistemas e da inclusão de pequenos agricultores e comunidades locais. “Mais do que mitigar impactos, a nova norma busca promover a regeneração do solo, a proteção da biodiversidade e assegurar renda digna aos produtores, posicionando o café certificado como um produto que alia qualidade, sustentabilidade e impacto positivo para as pessoas e o meio ambiente”, disse.

CaféPoint

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