“Se não tratarmos o solo, a água pode ser tornar escassa nos próximos anos”. É o que afirma o engenheiro agrônomo, professor universitário e pesquisador da UFV – Universidade Federal de Viçosa (MG) e membro do Centro Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), João Luiz Lani.
De acordo com Lani, não sabe-se lidar com a chuva, que em excesso causa alagamentos e escorre para o mar. “Nosso sistema de drenagem joga a água para o mar, enquanto poderíamos utilizá-la durante mais tempo, ampliando sua utilização e evitando as enchentes que destroem as cidades”, explica o pesquisador que integrou a base brasileira na Antártica.
Sobre as medidas adotadas pelo Governo do Estado, de construção de barragens, Lani afirma foi uma boa escolha. “Temos duas opções para reter água: o solo ou as represas. Neste sistema acumulamos durante o tempo chuvoso e a utilizamos no tempo de seca”, avalia.
Segundo o pesquisador, há um confronto na legislação atual que não incentiva medidas sustentáveis, o que agrava o desmatamento. “Quando uma área é reflorestada, o dono da terra perde a posse. Quem quer perder o direito de uso de sua terra? Ninguém”, critica o pesquisador.
Campo Vivo com informações de assessoria