A greve dos fiscais federais agropecuários que ocorre no país está preocupando o setor exportador de mamão já que a paralisação compromete as exportações da fruta para o mercado norte-americano que precisa de procedimentos dos profissionais que seguem regulamentação do Ministério da Agricultura e acordo estabelecido entre o Brasil e os EUA. De acordo com a Associação Brasileira dos Produtores e Exportadores de Papaya (Brapex), a suspensão das exportações de mamão das empresas nacionais para os Estados Unidos, devido a greve, pode provocar um efeito negativo em toda a cadeia produtiva.
A entidade afirma que os prejuízos podem chegar a R$ 535.950,00 por semana. Atualmente cinco empresas capixabas exportam para os EUA, sendo quatro do Espírito Santo e uma do sul da Bahia. Juntas, comercializam, em média, semanalmente, cerca de 75 toneladas de mamão para os EUA. O prejuízo semanal pode ser de US$ 135 mil (cerca de R$ 536 mil, considerando cotação do dólar a R$ 3,97 do dia 02 de outubro), segundo a Brapex, representante das empresas exportadoras junto ao governo americano.
“Por ser um importante parceiro comercial brasileiro neste setor gerando expressivos índices econômicos para as regiões produtoras e exportadoras da fruta e contribuindo no aspecto social, ficamos extremamente preocupados com esta paralisação dos fiscais e nos prejuízos para toda economia”, destaca Rodrigo Martins, presidente da Brapex.
A inspeção das frutas comercializadas para o mercado norte americano é realizada pelos fiscais diariamente. “Eles verificam a qualidade e o estado físico da fruta de acordo com critérios de exportação regulamentados pelo Ministério da Agricultura”, diz Martins.
Em 2014, o Brasil exportou 3.234 toneladas da fruta para os EUA gerando US$ 4.849.572.
Redação Campo Vivo
