As 45 famílias expulsas de uma área que pertence à Petrobrás em Palhal, interior de Linhares, continuam acampadas à beira da estrada em frente ao terreno, à espera de uma solução. Segundo o coordenador do movimento, Rodrigo Gonçalves, os acampados vão continuar na região até que o governo do Estado e o Incra se posicione. A ordem de desapropriação de 415 hectares que pertence à Petrobrás foi cumprida pela polícia na última quinta-feira (20).
Projeto do Polo Gás-Químico
A área ocupada pelas famílias foi comprada pelo Estado e doada à Petrobrás para a construção do Polo Gás-Químico. O presidente da estatal, Aldemir Bendini anunciou a desistência em tocar o projeto no início deste ano. O MST ainda tentou entrar com uma ação para derrubar a ordem da Justiça, mas não conseguiram reverter a situação. No terreno eles já haviam plantado hortaliças e montaram uma escola para as crianças dentro do acampamento. Agora, sem ter pra onde ir, a maioria das famílias vai continuar à beira da estrada aguardando uma solução. A Petrobrás não se manifestou sobre o assunto.
Prefeitura de Linhares
Em nota a Secretaria Municipal de Assistência Social diz que realizou atendimentos às famílias da localidade. Durante a abordagem, a equipe constatou que a maior parte das pessoas que estavam instaladas no local são naturais de outros municípios. Caso alguma família de Linhares necessite de apoio, segundo a prefeitura, pode pedir ajudar na Secretaria de Assistência Social localizada na Rua da Conceição, perto da Praça 22 de Agosto, no Centro.
A Superintendência Regional do INCRA no Estado do Espírito Santo afirmou que tem conhecimento da situação das famílias acampadas em Linhares. O instituto argumentou que estão sendo verificadas possíveis áreas para fiscalização e vistoria que resultem em desapropriação de imóveis rurais em atendimento a esses trabalhadores rurais.
Portal Linhares em Dia