Evair de Melo apresenta Projeto de Lei de incentivo à produção de cacau

por admin_ideale

Cacau de qualidade significa chocolate de qualidade. Pensando em toda cadeia que movimenta o setor de cacau no Brasil e na importância do produto para a economia local, o deputado federal Evair de Melo (PV-ES), criou o Projeto de Lei 2.677/2015, que institui a Política Nacional de Incentivo à Produção de Cacau de Qualidade. O objetivo é atender a demanda de consumidores de paladar cada vez mais exigentes e elevar o padrão de produção do fruto por meio de estímulos em fases como industrialização, comercialização do produto com categoria superior, remunerando melhor os produtores.

O deputado Evair de Melo destaca a sustentabilidade ambiental, o desenvolvimento tecnológico e a valorização do cacau do Brasil, além do acesso aos mercados que demandem maior qualidade do produto, como diretrizes do projeto. “Estabelecemos como instrumentos a pesquisa agrícola e o desenvolvimento tecnológico, a assistência técnica e a extensão rural o cooperativismo e as certificações de origem social e de qualidade dos produtos, resultando em frutos cada vez melhores ”.

O Espírito Santo é um dos estados que mais manufaturam cacau no Brasil, atualmente o estado capixaba possui 23,3 mil hectares, sendo que Linhares detém 84,4% da área cultivada e 91,7% de produção de Cacau capixaba. O produto é cultivado em cerca de mil propriedades, em 46 municípios do ES.

Em função da severidade da doença Vassoura de Bruxa, que assolou as lavouras, a produção caiu de 11,8 mil toneladas, em 2005, para 4,3 mil toneladas em 2014. Para reverter esse quadro, parcerias foram firmadas com instituições de pesquisa, sendo possível desenvolver mais de 100 variedades tolerantes à doença que já foram plantadas. A nova colheita já será resultado das parcerias. A estimativa é que haja um crescimento de cerca de 6 mil toneladas no Espírito Santo.

Hoje a saca custa quase o dobro de quatro anos atrás na média de R$ 500. Mas de acordo com presidente da Cooperativa dos Produtores de Cacau do Espírito Santo (Coopercau), Emir Macedo, ainda assim o preço não é satisfatório, tampouco atrativo, para incentivar o cultivo da amêndoa, já que os custos de transição da lavoura são altíssimos, sendo insuficientes para compensar os gastos.

Políticas públicas – No último dia 18, durante evento no Palácio Anchieta, no Espírito Santo, foi criado o Comitê Gestor do cacau sustentável, cujo objetivo é desenvolver ações para modernizar e dinamizar essas cadeias produtivas e identificar os pontos de estrangulamento e as soluções necessárias ao seu desenvolvimento.

Os colegiados terão a responsabilidade de discutir e propor ações no âmbito do cooperativismo, da pesquisa, da assistência técnica e transferência de tecnologia, do processamento e do mercado interno e externo e ainda promover articulações interinstitucionais para potencializar as ações do Comitê.

Qualidade – Considera-se de categoria superior o cacau classificado como de alto padrão de qualidade por suas características físicas, químicas e sensoriais, de acordo com processos de análise e certificação reconhecidos pelo poder público. É importante que seja feita colheita seletiva, fermentação adequada, secagem em 7% de umidade sem fazer uso de secador ou estufas.

Desafios – Um dos maiores desafios para os produtores é a mão-de-obra que precisa ser qualificada e especializada, já que a colheita tem que ser feita de maneira artesanal. Outro fator que encarece a produção é o fato de que o Cacau-Cabruca ser produzido em um sistema ecológico de cultivo agroflorestal. Baseado na substituição de estratos florestais por uma cultura de interesse econômico, implantada no sub-bosque de forma descontínua e circundada por vegetação natural, não prejudicando as relações mesológicas com os sistemas remanescentes, o que deveria ser reconhecido pelos órgãos de preservação e conservação ambientais.

 

 

Campo Vivo com informações de assessoria

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