Entre os desafios encontrados pelo setor, compilar todos os dados em uma única plataforma está entre eles
O setor cafeeiro do Brasil, de forma geral, vem trabalhando em busca de promoção de imagem e de informações que façam a cafeicultura brasileira ainda mais sólida. Responsável pela maior produção e exportação de café do mundo, o Brasil vem ampliando as parcerias entre os elos da cadeia para cada vez mais manter a cafeicultura em evidência.
Para Aguinaldo José de Lima, diretor de Relações Institucionais da Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (Abics), o país vem avançando em importantes pesquisas com dados concretos para garantir a evolução de uma cafeicultura que além de produtiva, seja também sustentável e alguns desafios fazem parte deste caminho.
“Estamos envolvidos em parcerias para desenvolver plataformas de rastreabilidade. Alguns desafios são mais fáceis de serem atingidos embora tenha algumas dificuldades”, disse durante o “Um Caminho para a Neutralidade de Carbono no Café”, evento online realizado na manhã desta quinta-feira (17).
Aguinaldo comenta que é importante que todos os elos da cadeia tenham o mesmo conceito de sustentabilidade, incluindo a participação do produtor. Cita ainda que a partir do “blockchain” o setor cafeeiro teria mais transparência e poderia avançar nos mais diversos mercados.
Comentou ainda que uma plataforma com todas as informações seria o passo inicial para fazer os trabalhos funcionarem de maneira interligada. Aguinaldo foi produtor de café por mais de 30 anos e sente também as dores de quem está no campo.
“Os clientes querem saber a localização das áreas, se há foco de incêndio, desmatamento e precisamos ter essas informações de boas práticas de produção. Precisamos entrar agora em uma outra rota, que é de introduzir a cafeicultura brasileira em uma grande paltaforma de informação”, comenta.
Outro passo importante para a plataforma sair do papel, é fazer com que o produtor também esteja disposto a divulgar as informações importantes para o mercado. Além disso, Aguinaldo ressalta a importância de se falar também em rastreabilidade social.
“É importante ter essa informação na base para chegar no exportador, no trader, na indústria. E o que o produtor vai ganhar com isso? É necessário que cooperativas e instituições se envolvam no processo educativo e tecnológico dos produtores”, afirma.
Ressalta ainda que é necessário que as lideranças encontrem entre elas uma forma de motivar o produtor a entender a importância da ação. “Pode ser que seja um diferencial que nós temos que pagar no começo, sinalizar para o produtor que se ele entrar vai ter um diferencial, e esse é nosso esforço e a partir disso envolver os demais elos da cadeia”, finaliza.
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