Mercado chinês é o grande responsável por este crescimento
Com as exportações totais de carne bovina (in natura + processada) se aproximando pela primeira vez na história das 200 mil toneladas movimentadas em apenas um único mês, o país continua batendo todos os seus recordes nas vendas ao exterior deste produto. O mercado chinês é o grande responsável por este crescimento, mantendo seu apetite mês a mês: em junho, os chineses compraram 77.200 toneladas e em julho as aquisições subiram para 115.186 toneladas.
De acordo com as informações divulgadas pela Associação Brasileira de Frigoríficos (ABRAFRIGO), que compilou os dados totais divulgados na quinta-feira (07) pelo Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), através da SECEX/DECEX, em relação a 2019, no acumulado até julho, as compras chinesas que ingressaram pela cidade estado de Hong Kong e pelo continente atingiram a 634.624 toneladas, quase o dobro das 381.325 importadas em 2019 no mesmo período. Com isso, a movimentação do produto no acumulado até julho alcançou a 1.103.818 toneladas contra 999.177 no ano passado no mesmo período, ou 10% de elevação. A receita subiu mais: passou de US$ 3,7 bilhões em 2019 para US$ 4,7 bilhões em 2020, num aumento de 25%.
Segundo a ABRAFRIGO, as compras chinesas têm mais do que compensado as quedas nas vendas para a União Europeia e para os países árabes, ocasionada principalmente pela epidemia de Covid-19 que reduziu drasticamente o consumo fora de casa. Atualmente, a China responde por 57,5% da exportação brasileira. Nas exportações de julho, 169.240 toneladas foram na forma de carne in natura e outras 24.240 toneladas de carne bovina processada. No acumulado até julho, depois da China foi o Egito que mais adquiriu o produto brasileiro, com 75.389 toneladas (-25%). O Chile veio a seguir com 39.733 toneladas (-37%). A Rússia, por sua vez, adquiriu 37.731 toneladas (+ 1,4%).
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