O Brasil vem liderando a produção mundial há muitas décadas, mas o que o mundo descobre, a cada ano, é a excepcional qualidade dos cafés nacionais, que entregam excelência em grande escala. Na quarta-feira, 5 de dezembro, os grãos naturais brasileiros roubaram a cena ao movimentarem mais de *R$ 1,172 milhão (US$ 303.084,82) no leilão dos 37 lotes vencedores da categoria “Naturals” do Cup of Excellence – Brazil 2018, principal concurso de qualidade internacional realizado pela Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA) e a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex-Brasil) dentro do projeto setorial “Brazil. The Coffee Nation”, em parceria com a Alliance for Coffee Excellence (ACE).
Entre os vencedores, os oito primeiros colocados receberam notas superiores a 90 pontos (escala de zero a 100 da competição) do júri internacional e foram eleitos cafés presidenciais. No pregão, esses lotes foram comercializados por valores de *R$ 3.888,82 (US$ 1.005,33) por saca a *R$ 40.986,01 (US$ 10.595,62) por saca, evidenciando sua qualidade diferenciada. Ao término do leilão, todos os 37 cafés ofertados foram adquiridos por grandes importadoras mundiais, originárias de Alemanha, Japão, Coreia do Sul, Inglaterra, Canadá, Austrália e do próprio Brasil, com o preço médio pago por saca equivalendo a *R$ 4.216,29 (US$ 1.089,99). O resultado completo pode ser acessado no site da ACE: https://allianceforcoffeeexcellence.org/brazil-naturals-2018/#1538505057050-ed3488f6-00d5.
A diretora da BSCA, Vanusia Nogueira, recorda que, em 2011, quando o Cup of Excellence no Brasil passou a ser realizado em duas categorias (“Naturals”, para cafés colhidos e secos com casca, e “Pulped Naturals”, para os cafés produzidos por via úmida), foi despertado o interesse do mundo sobre qual seria o resultado dos grãos naturais nacionais.
“Os produtores brasileiros responderam com excelência à expectativa. Os principais compradores internacionais valorizam nossos naturais e isso vem atraindo os ainda ‘desavisados’. Definitivamente, os cafés naturais brasileiros não apenas entraram na rota do mercado de especiais, mas saltaram ao topo do ranking qualitativo e são muito disputados para estarem à disposição nas gôndolas, prateleiras e xícaras dos mercados com os consumidores mais exigentes do mundo”, destaca.
Para efeito comparativo, o maior preço pago no leilão de ontem, ao lote campeão produzido por Maria do Carmo Andrade, na Fazenda Paraíso, em Carmo do Paranaíba, na Denominação de Origem do Cerrado Mineiro, foi 7.560% superior ao valor de fechamento da Bolsa de Nova York, principal plataforma comercial de café do mundo. Na bolsa norte-americana, o contrato mais negociado foi cotado a US$ 1,0595 por libra-peso (equivalente a *R$ 542,13 por saca) no dia 5 de dezembro, enquanto o leilão do Cup of Excellence pagou US$ 80,10 por libra-peso, que correspondem aos *R$ 40.986,01 por saca.
BSCA