Os alimentos produzidos no Espírito Santo passaram a ser rastreados. Com uma identificação de origem, o consumidor saberá onde o produto foi produzido e o agricultor responsável pelo celular.
A determinação da identificação é uma portaria conjunta entre a Secretaria Estadual de Agricultura, Secretaria de Estado de Saúde e do Ministério Público do Espírito Santo de novembro de 2017.
Produtor
Há dois anos, o produtor rural Ronaldo Pins investe em tecnologia de rastreamento. Ele gasta aproximadamente R$ 400 por mês para implementar o rastreamento na identificação dos produtos.
“Eu estou achando muito bom, porque consigo vender para algumas lojas que talvez não conseguiria, por causa da rastreabilidade. Porém, fica um custo alto para o produtor, que já sofreu com crise hídrica e adubo e defensivos caros”.
Com o QR Code na caixa do produto, ele conta que investiu na tecnologia por exigência de empresas que queriam comprovar a origem da produção. “O dia que plantou, onde está essa lavoura, tudo isso pode ser visto”, completou.
Apesar do benefício da facilidade para comercialização, o produtor declara que falta incentivo por parte do governo, uma vez que passou a exigir algo que aumentou o custo na produção.
Como aderir
O coordenador de projeto da secretaria de Agricultura Luciano Fasolo explica que esse rastreamento é mais simples que parece e não demanda investimento dos produtores.
“Essa portaria estabelece que a informação que gera essa rastreabilidade pode ser afixada nas caixas da forma com que o produtor julgar ser o adequado. Que pode ser com etiqueta com QR Code ou pode ser uma etiqueta simples preenchida a mão. A portaria permite isso”, ensina.
Fasolo ainda esclarece que a etiqueta com as informações são para que compradores e consumidores possam ter informações da plantação até o mercado.
“Em linhas gerais, o produtor precisa gerar uma informação que precisa acompanhar o produto da propriedade até o mercado. As informações sobre insumo não constam nessa etiqueta, isso é em uma legislação específica que trata de produtos orgânicos. No produto convencional, o que a rastreabilidade pede é quem é o produtor de origem, o responsável pelo produto oferecido e o lote”.
G1 ES