As vendas de café da safra 2018/19 do Brasil avançaram seis pontos em um mês e alcançaram 51 por cento da produção prevista até terça-feira, abaixo do índice observado há um ano, com produtores à espera de preços mais remuneradores, informou a Safras & Mercado nesta quinta-feira.
Até o momento, o Brasil já vendeu 31,11 milhões de sacas de uma safra estimada em 60,5 milhões de sacas.
De acordo com a consultoria, em igual momento do ciclo 2017/18 a comercialização atingia 53 por cento, enquanto a média para o período é de 52 por cento.
“O preço baixo manteve o produtor na defensiva, o que ajudou a tirar liquidez das principais praças comerciais. O fluxo de negócios segue muito errático, melhorando diante de algum repique do mercado ou por conta de interesse de algum comprador mais curto e agressivo, em típico mercado de oportunidade”, afirmou o analista Gil Barabach, da Safras.
Em setembro, as referências internacionais do café arábica na Bolsa de Nova York renovaram mínimas em anos, abaixo de 1 dólar por libra-peso, diante da escalada do dólar ante o real, que estimula vendas pelo Brasil, o maior produtor e exportador global da commodity.
Com efeito, as vendas de arábica, principal variedade cultivada no país, estão mais lentas, com 48 por cento do total até agora, abaixo de igual época do ano passado e também da média para o período (ambos 50 por cento), disse a Safras.
Já a comercialização de conilon, produzido em especial no Espírito Santo, alcança 62 por cento da safra, em linha com igual período do ano passado, mas mais acelerada na comparação com a média de cinco anos (58 por cento).
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