As exportações dos Cafés do Brasil atingiram 2,36 milhões de sacas de 60kg, sendo 2,34 milhões de sacas de café arábica e 20,62 mil sacas de café robusta, no mês de março de 2017. O volume dos cafés industrializados exportados totalizaram 344.223 mil sacas, das quais 343.278 sacas de café solúvel e 945 sacas de café torrado e moído. Assim, as exportações dos Cafés do Brasil totalizaram cerca de 2,7 milhões de sacas e geraram receita cambial de US$ 473,4 milhões com preço médio de US$ 174,85 a saca de 60kg. Tais números representam aumentos de 4,5% na receita cambial e de 19,8% no preço médio, se comparados com o mês de março de 2016.
Esses números da performance das exportações do café brasileiro constam do Relatório mensal março 2017, do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil – CeCafé. De acordo ainda com o Relatório, neste primeiro trimestre do ano, o ranking dos cinco principais destinos do café brasileiro foram os Estados Unidos, com um volume de 1.532.845 sacas, que correspondem a 19,4% do café exportado; a Alemanha aparece em segundo lugar, com 1.524.447 sacas (19,3%); Itália, em terceiro, com 772.823 sacas (9,8%); Japão, em quarto, com 524.110 sacas (6,6%); e Bélgica com 517.480 sacas (6,5%).
O Relatório mensal março 2017, disponível na íntegra no Observatório do Café do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café, também destaca que a exportação dos cafés diferenciados, os quais têm qualidade superior ou algum tipo de certificado de práticas sustentáveis e incluem os cafés especiais, totalizou 1.120.937 sacas no acumulado de janeiro a março e gerou receita cambial de US$ 236,35 milhões nesse período, com o preço médio de US$ 210,85 a saca. Os Estados Unidos também seguem como o país que mais importou cafés diferenciados do Brasil com 208.054 mil sacas, volume que representa 19% do total de cafés exportados com essas características.
Cafeicultura Sustentável – O Relatório do CeCafé traz o artigo ‘As melhores práticas de utilização dos recursos hídricos na cafeicultura brasileira’, o qual destaca a importância dos recursos hídricos para o país e boas práticas empregadas na sua preservação. O artigo apresenta gráficos da frequência de eventos críticos de seca registrados em municípios do Brasil e demonstra a distribuição irregular das chuvas que resulta em déficit hídrico no solo brasileiro e pode comprometer a produção de alimentos. Outro destaque que o artigo aborda são as soluções tecnológicas para o uso da água na cafeicultura, desenvolvidas pelas instituições integrantes do Consórcio Pesquisa Café, coordenado pela Embrapa Café, que permitem otimizar a produtividade, a qualidade do café e reduzir seus custos de produção. Essas tecnologias além de contribuírem para a gestão dos recursos hídricos mais sustentáveis e eficientes, também permitem o aumento da renda dos cafeicultores. Um dado importante a ser citado é que no Brasil apenas 6,11 milhões de hectares são irrigados, isso corresponde a 21% do potencial nacional de área irrigável, que é de 29,6 milhões hectares disponíveis.
O Relatório mensal do CeCafé traz ainda vários dados, informações e análises sobre as exportações brasileiras de café, participação percentual por qualidade nas exportações, exportações de cafés diferenciados, exportações de café por continente, grupo e bloco econômico, os principais destinos e portos de embarque das exportações, perfil e perspectivas do consumo mundial de café, entre várias outras análises que merecem ser conferidas pelos diversos segmentos do setor cafeeiro nacional.
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