Mapa visita Austrália para entender Lei de Defensivos Agrícolas do país

por Portal Campo Vivo

aplicação de defensivosA aprovação do registro de um defensivo agrícola pelo governo da Austrália demora entre três e seis meses. Para patentear um produto, seja de qual área ele for, a espera é de 18 meses, no máximo. No Brasil, a fila de espera para os dois casos chega, em média, a dez anos.

Um relatório realizado pela Organização Mundial de Propriedade Intelectual (OMPI), vinculada à Organização das Nações Unidas, indicou que em 2014, o Brasil era o penúltimo no ranking de patentes. Neste ano, o país apareceu em 69º lugar, entre 128 países, quando o assunto é Índice Global de Inovação.

Entre pontos cruciais que levam o país a baixos resultados, a burocracia impera. “A morosidade se deve à burocracia brasileira, já que um pedido de registro de um defensivo agrícola, por exemplo, passa pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Meio Ambiente (Mapa), Anvisa e Ibama. Alguns produtos chegam a ficar na fila de espera por mais de dez anos”, afirma o analista de Defesa Agrícola da Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Eduardo Vaz.

Como reflexo da burocracia, vem um mercado com poucas opções e centralização de produtos de poucas marcas, o que, por sua vez, gera preços elevados. “A falta de competitividade gera altos custos na produção”, alerta Vaz.

Exatamente pelo contexto nacional, uma comitiva do Mapa, formada por deputados federais e entidades representativas de classe, como a Aprosoja, está na Austrália. Entre locais que serão visitados estão o Departamento de Agricultura e Recursos Aquáticos da Austrália e a Autoridade Australiana de Pesticidas e Medicina Veterinária.

A presença dos parlamentares se deve à necessidade de entender como funciona, na prática, a Lei de Defensivos Agrícolas, já que está em análise uma lei semelhante no Congresso Nacional. O Projeto de Lei número 3.200/2015 é de autoria do deputado Covatti Filho e visa regulamentar o uso dos defensivos fitossanitários e produtos de controle ambiental.

A proposta em questão substitui a Lei de Agrotóxicos, a 7.802/1989, que será revogada, caso a 3.200/2015 seja aprovada.

Conforme o Covatti Filho, a necessidade de aprovação de uma nova lei se deve à defasagem da atual, uma vez que ela estaria incompatível com acordos internacionais assinados pelo Brasil, como por exemplo, o Acordo sobre a Aplicação de Medidas Sanitárias e Fitossanitárias, internalizado pelo Brasil pelo Decreto 1.355/94.

Na quinta-feira (4), a comitiva esteve no Ministério da Agricultura. Um dos pontos altos, segundo o presidente da Aprosoja, Endrigo Dalcin, é que, além de ágeis na aprovação, a plataforma de utilizada pelo país é eletrônica.

“Tudo é feito com muita transparência e responsabilidade, de maneira eletrônica, por apenas um departamento do Ministério da Agricultura do país. Exatamente por isso, nosso caminho é o de atualizar a lei brasileira, para tornar nosso país mais competitivo”, enfatiza.

Aprosoja

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