A última semana de agosto será marcada, novamente, pela passagem de uma frente fria pela região Centro-Sul do Brasil e com isso, pancadas de chuvas serão observadas desde o Rio Grande do Sul até o Mato Grosso e Goiás. Os volumes serão bastante variados, mas suficientes para permitir que haja uma elevação dos volumes de umidade do solo, garantindo boas condições ao desenvolvimento das lavouras de inverno, como trigo e aveia, bem como para o café, cana de açúcar e laranja. Ainda mais no caso de café e laranja, onde as chuvas de 15 dias atrás induziram o florescimento. No Centro-oeste essas chuvas poderão atrapalhar o pleno andamento da colheita do feijão e do algodão, causando perdas pontuais. Mas o grande problema será para a germinação de sojas “guaxas”, podendo assim, elevar a pressão de doenças para essa próxima safra. Além disso, no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, a passagem dessa frente e consequentemente chuvas estarão inviabilizando os trabalhos de preparo do solo e, posterior plantio do arroz, que já se iniciou em algumas regiões.
E apesar do avanço desse sistema e o retorno do tempo mais firme no Sul e depois mais pro final da semana no Sudeste e Centro-oeste, o aumento da umidade relativa do ar manterá uma condição ainda mais ocorrência de pancadas de chuvas durante toda a semana no Centro-Sul. Já no Matopiba e na metade leste do Pará, bem como as regiões norte do Espírito Santo, sul da Bahia e nordeste de Minas Gerais o tempo continuará seco e sem previsões para chuvas ao longo dessa semana. Sendo que apenas a região costeira do Nordeste é que estará com previsão para chuvas essa semana. Bom para os produtores de cana de açúcar e de milho. E essa falta de chuvas nas áreas produtoras de café, mamão, pimenta do reino e cacau do Espírito Santo também volta a preocupar os produtores, que desde o ano passado vem amargando prejuízos em suas lavouras por conta do forte déficit hídrico. Chuvas somente no próximo final de semana dessa região e mesmo assim, em baixa intensidade.
E com relação as temperaturas, apesar da passagem dessa frente fria, não há indicativos de que uma nova massa de ar polar possa avançar e causar o declínio acentuado das temperaturas, como normalmente vem ocorrendo, após um período de chuvas. As temperaturas mínimas até ficarão ligeiramente mais baixas, mas nada que venha causar danos as lavouras ou até mesmo preocupar os produtores. Pelo menos para esses próximos 15 dias.
Pros Estados Unidos, as condições se mantém bastante favoráveis. Há previsões de chuvas para esses próximos 10 dias e as temperaturas máximas não estarão tão altas como foram observadas em julho e começo de agosto. O que manterá, portanto, uma excelente condição ao desenvolvimento das lavouras de soja, milho, arroz e algodão em todas as principais regiões produtoras. Assim, a perspectiva é que tais condições meteorológicas mantenha uma estimativa de produtividade recorde para essas culturas e desse modo, os Estados Unidos venha a colher uma safra recorde esse ano.
Confira o mapa com as previsões para esta semana no Brasil:
Marco Antônio Dos Santos
