Cafeicultores do município da Serra participaram na última semana de um curso de manutenção em sistema de irrigação. O objetivo principal foi fazer os agricultores refletirem quanto à forma mais eficiente de uso da água na propriedade, visando à economia dos recursos hídricos.
A iniciativa foi uma realização do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), da Secretária Especial de Agricultura, Agroturismo, Aquicultura e pesca do município e do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar).
No curso, que foi ministrado pelo chefe do escritório local do Incaper no município, Joelson Sutil Jesus Ferreira, e pelo engenheiro agrônomo do Senar, Helder Lopes Peixoto, os agricultores puderam avaliar a aplicabilidade da irrigação por aspersão e localizada, na propriedade de alguns cafeicultores.
A irrigação por aspersão é muito utilizada na produção de hortaliças. Neste tipo de irrigação, a água é lançada sob pressão, em forma de gotas, imitando a chuva, molhando por completo a área e demanda um maior volume de água.
Já a irrigação localizada é utilizada em culturas perenes e semi-perenes como café, mamão, tomate, coco, banana, entre outros. Neste caso, a água é lançada, sob pressão, próxima às raízes das plantas, com pequenas vazões e pequenos intervalos de tempo. Isso possibilita a verificação da quantidade correta de água para a cultura implantada, o que promove menor desperdício. Portanto, é o sistema considerado de maior eficiência na agricultura.
A partir dos diálogos, chegou-se à conclusão de que existem produtores locais que desperdiçam água e eletricidade ao irrigar. “Eles não tinham conhecimento de ferramentas como o cálculo do tempo de irrigação, que permite avaliar a quantidade correta de água a ser aplicada em sua lavoura”, explicou Joelson.
Os agricultores também foram orientados, na prática, a avaliar a necessidade de irrigação, que é a verificação da quantidade de água já fornecida à planta, que é conhecida como “capacidade de campo”.
Tatiana Caus