O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBCBr) caiu 0,51% em maio, após crescimento de 0,07% em abril (dado revisado), que foi a primeira alta em 15 meses. No ano, a queda foi de expressivos 5,79%.
Doze meses – Nos 12 meses encerrados em maio, o IBCBr aponta retração de 5,43% na série sem ajuste e baixa de 5,51% no dado ajustado. Devido às revisões constantes do indicador, o IBCBr medido em 12 meses é mais estável do que a medição mensal. Em comparação com maio de 2015, houve baixa de 4,91% na série sem ajuste e de 5,32% com ajuste.
Piores – Os resultados vieram piores do que o esperado pelos agentes de mercado. A média das projeções feitas por 21 instituições financeiras ouvidas pelo Valor Data sugeria recuo de 0,24% no mês. As estimativas variavam entre queda de 0,9% e avanço de 0,1% para a variação mensal.
Média móvel – Na média móvel trimestral, indicador mais utilizado para se tentar capturar tendência, o IBCBr mostra outro sinal, com terceira alta seguida nos dados sem ajuste, após sete meses de baixa, ao subir 0,66% em maio, seguindo expansão de 1,9% em abril e de 1,08% em março. Com ajuste, contudo, a média móvel apontou baixa de 0,29% em maio, após decréscimo de 0,22% um mês antes.
Metodologia – Embora seja anunciado como “PIB do BC”, o IBCBr tem metodologia de cálculo distinta das contas nacionais calculadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O indicador do BC leva em conta a trajetória das variáveis consideradas como bons indicadores para o desempenho dos setores da economia (agropecuária, indústria e serviços).
Setores – A estimativa do IBCBr incorpora a produção estimada para os três setores acrescida dos impostos sobre produtos. O PIB calculado pelo IBGE, por sua vez, é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país durante certo período.
Relatório – No Relatório de Inflação de junho, o BC projetou queda de 3,3% do PIB em 2016, contra projeção anterior de recuo de 3,5%. Os analistas consultados para a confecção do boletim Focus também apontam retração de 3,3% para a economia brasileira neste ano.
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