Meio Ambiente e Água – Adubação biológica

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14/07

Em entrevista para o Programa Campo Vivo, da Rádio Globo Linhares, o Engenheiro Agrônomo e representante da Microgeo, Adenauer da Cunha Alves, falou sobre como funciona e os benefícios da adubação biológica, técnica que vem ganhando muitos adeptos no Espírito Santo.

Confira:

 

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07/07

Em entrevista para o Programa Campo Vivo, da Rádio Globo Linhares, o Engenheiro Agrônomo e empresário do setor da irrigação, Elídio Gama Torezani, falou sobre o uso consciente da água na irrigação. Novas tecnologias, economia da água e eficácia dos sistemas de irrigação, foram alguns dos assuntos abordados por Elídio, que também deixou uma mensagem de como o tema deve ser levado pelos jovens e pelo cidadão urbano.

Confira:

 

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23/06

Em São Roque do Canaã, produtor colhe resultados da recuperação de nascentes e construção de caixas secas

Produtores que há muitos anos se prepararam para essa crise hídrica que todo o Espírito Santo vem enfrentando, mas que de alguma maneira adotaram medidas de preservação em suas propriedades, hoje estão respirando um pouco mais aliviado do que aqueles que não esperavam uma seca tão grande como esta. Esse é o caso do produtor rural Ademar Zanotti. Em sua propriedade na localidade de Santa Julia, no interior de São Roque do Canaã, tem dois bons exemplos que servem de exemplos para o setor. Um deles é de recuperação das nascentes, trabalho que foi iniciado há 10 anos desde a propriedade da família até o Rio Santa Julia (Santa Maria do Doce) e que hoje tem gerado bons resultados. O outro é o de construção das caixas secas.

Desde que começou esses trabalhos foram recuperadas seis nascentes, todas com estudo de infiltração no solo, área de recarga das nascentes e reflorestamento de forma natural controlada. “Nem sempre as caixas secam puderam abastecer as nascentes, porque existem solos com impedimento e que podem causar danos como solapamento e até fora da área de contribuição das nascentes. É muito importante reflorestar, não porque é bonito, ou porque está na moda, e sim porque se for feito de maneira correta, com reconhecimento do local e fazendo a regeneração natural com manejo controlado de cortes e replantios, a árvore praticamente vira uma bomba de água”, diz Ademar, que também é engenheiro florestal.

caixa secaComo a propriedade possui a topografia inclinada e agricultura de café arábica, onde a cultura de capinas manual ainda não dominava a região, havia muito assoreamento das nascentes e rios da região, por isso ele decidiu fazer caixas secas e conciliar junto com isso o trabalho de recuperação das nascentes. E essa iniciativa trouxe bons resultados para a propriedade. “Dentro da nossa análise nesses 10 anos, o volume medido de uma nascente era de 3.300 L/h (vazão). Depois do trabalho de recuperação, esse volume passou para 3.900 L/h. Atualmente, com toda essa crise hídrica, a nascente continua com 3.450 L/h, ou seja, houve manutenção na área de recarga e o reflorestamento não afetou o regime de produção de água”, pontua Zanotti.

Para recuperar as nascentes na sua propriedade, o produtor realizou um dimensionamento em função da largura das estradas e da topografia, e a partir daí calculou a distância entre as caixas secas. Foram construídas em sua propriedade 268 caixas secas, que nada mais são do que buracos cavados em encostas nas margens das estradas que captam a água da chuva e os sedimentos levados por ela. Esse método evita principalmente assoreamento dos rios e depredação das estradas, além de contribuir para o abastecimento do lençol freático e a vazão dos rios. Cada caixa seca consegue segurar, em média, até oito mil litros de água.

Em 2008, o engenheiro agrônomo Aliamar Comério, que na época trabalhava nascentesno Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) de São Roque do Canaã, colocou a técnica em prática no município. Foram construídas 530 caixas secas em dez quilômetros de estradas. Com o monitoramento mês a mês, o primeiro a ser feito em experiências desse tipo, constatou-se um aumento de 51% na vazão de uma das nascentes do Rio Santa Júlia e a infiltração de cerca de 100 milhões de litros de água para o lençol freático, além da retenção de 5,6 mil metros quadrados de sedimentos – que iriam direto para o rio caso as caixas não tivessem sido implementadas.

Depois que implantou a técnica em sua propriedade, Ademar Zanotti percebeu algumas mudanças. “Com a construção das caixas secas mantivemos a qualidade de água nas nascentes de cabeceiras, reduzimos a erosão e, consequentemente, o manejo cultural das atividades envolvidas, assim como o assoreamento e a umidade do solo”, afirma. O engenheiro destacou ainda que, logo depois da implantação das caixas secas em sua propriedade, houve aumento do volume na nascente. Agora com toda essa crise hídrica o volume ficou reduzido em 11,54% mas ainda assim está acima da média inicial. “Isso ajuda mantendo as nascentes, a umidade do solo e a fertilidade”, destac.

Para construir as caixas secas foi estudado o solo, a geologia para determinar a área de recarga e qual melhor modelo de reflorestamento para aquela área ou bacia. Realizaram ainda um dimensionamento em função da largura das estradas e da topografia e, posteriormente, calcularam as distâncias entre as caixas secas. Para cada caixa seca feita, calcula-seo volume de acumulação máxima.

O produtor rural e engenheiro florestal Ademar Zanotti falou com o Programa Campo Vivo da Rádio Globo Linhares sobre o tema. Confira:

 

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16/06

Barragem Legal

Em Jaguaré, programa de construção de barragens completa três anos com resultados positivos para o setor agropecuário

A escassez de chuvas tem prolongado a pior crise hídrica que o Estado do Espírito Santo já passou.  Dos 78 municípios capixabas, 14 se encontram em situação extremamente crítica em relação ao abastecimento de água, 10 em situação crítica e oito municípios já decretaram situação de emergência ou calamidade pública, segundo dados da Agência Estadual de Recursos Hídricos (AGERH) divulgados no mês de abril.

O município de Jaguaré, Norte do Estado, está na lista dos oito municípios que estão em estado de emergência ou calamidade pública por conta da estiagem. O problema do município não está ainda pior porque desde maio de 2013, através da Lei nº 1.059 e o Decreto nº 040 que regulamente o programa, a Prefeitura Municipal instalou no município o programa “Barragem Legal”. A ação começou com o intuito de o município poder ajudar o produtor na construção de suas barragens e assim conseguirem juntos ter uma reserva hídrica para utilização nas lavouras. Desde que foi implantado até hoje já foram construídas, reformadas e ampliadas 55 barragens no município, beneficiando em média 275 produtores.

Desde que foi implantado até hoje já foram construídas, reformadas e ampliadas 55 barragens no município, beneficiando em média 275 produtores

Desde que foi implantado até hoje já foram construídas, reformadas e ampliadas 55 barragens no município, beneficiando em média 275 produtores

Mesmo com todas as dificuldades hídricas enfrentadas pelo município, o Secretário de Meio Ambiente de Jaguaré, Ramon Bonomo Santana, ressalta que a instalação dessas barragens tem ajudado bastante o produtor rural. “Muitos córregos já estão cessados, não correm mais água. O Rio Barra Seca, por exemplo, único rio que passa pelo município em vários pontos, não está mais correndo água. Então, se não fosse essas barragens já construídas para reservar um pouco de água, os produtores e as lavouras iriam sentir muito mais os impactos da falta de chuvas e a quebra na colheita seria ainda maior”, destacou Ramon.

Porém, o secretário deixa claro sobre o compromisso que o produtor precisa ter ao aderir ao programa “Barragem Legal”. “Nós sabemos da necessidade das lavouras e do quanto elas precisam de água, porém, o produtor precisa ter consciência de usar esse benefício com racionalidade, de forma que use apenas o suficiente que a planta necessita, por isso, para participar do programa é necessário que seja assinado um termo de compromisso para que seja reflorestado o entorno da barragem e o produtor assuma ainda o compromisso de participar de um curso de operação e manutenção de irrigação ministrado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR)”, pontuou Ramon Bonomo.

A pequena produtora de café do município, Luzete Moreto Bonomo, já sente os benefícios da adesão ao programa “Barragem Legal”. “Nunca tinha enfrentado uma seca tão grande como essa, mesmo sendo produtora há pouco tempo. Mesmo assim, depois que aderi ao programa minha produção continuou a mesma, não tendo aumento de água para irrigar a lavoura, mas também não tendo perdas na produção”, declarou a produtora.

Mesmo sem quedas na produção, a produtora sabe da importância da chuva para toda a região. “Com a construção da barragem, isso ajudou muito minha produção a não cair, mas ainda precisa chover para poder melhorar ainda mais nossa situação e para que haja o armazenamento de água nos reservatórios onde já foram construídas as barragens”, diz Luzete.

Para o produtor de café e pimenta do reino Nelson Pinto Martins, que atua na área rural há nove anos, essa também é a pior crise hídrica já enfrentada nos últimos anos. Mas ele segue confiante de que a situação atual ainda vai melhorar. “Como a barragem que utilizo foi construída recentemente, não consegui ver muitas melhorias ainda, porém tenho a expectativa de aumento da produção nos próximos anos devido a construção dessa barragem e o armazenamento futuro de água”, afirma o produtor.

O Secretário de Meio Ambiente de Jaguaré, explicou mais sobre o Programa Barragem Legal e seus resultados, no Programa Campo Vivo da Rádio Globo Linhares. Confira:

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logo ma e aguaEm 1972, durante a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio Ambiente Humano, em Estocolmo, a Organização das Nações Unidas (ONU) instituiu o Dia Mundial do Meio Ambiente, que passou a ser comemorado todo dia 05 de junho. Essa data, que foi escolhida para coincidir com a data de realização dessa conferência, tem como objetivo principal chamar a atenção de todas as esferas da população para os problemas ambientais e para a importância da preservação dos recursos naturais, que até então eram considerados, por muitos, inesgotáveis.

O projeto “Meio Ambiente e Água” tem objetivo de abordar práticas de sustentabilidade necessárias para a agropecuária.

Todas as terças-feiras no Programa Campo Vivo da Rádio Globo Linhares e todas as quintas-feiras, a partir do dia 16, aqui no Portal Campo Vivo, você irá conferir notícias, informações e entrevistas sobre o tema.

Redação Campo Vivo

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