Reunião entre Seag e pescadores de Itapemirim discutem portaria que proíbe pesca de algumas espécies

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pescadores itaipavaPescadores e lideranças do setor pesqueiro do distrito de Itaipava, em Itapemirim, se reuniram com representantes do governo e da Secretaria de Estado da Agricultura nessa quarta-feira (26) para apresentar problemas enfrentados pelo setor desde a proibição da pesca de 475 espécies, pela portaria 445/2014, do Ministério do Meio Ambiente.

“Estamos parados há três meses por causa dessa portaria, fizemos uma movimentação na semana passada e essa reunião é uma resposta do governo. A expectativa de uma solução é grande”, contou o presidente da Associação de Pescadores e Armadores de Itaipava (Apedi), William Pedro da Rocha.

pescadores itaipava 2Na oportunidade, o Secretário de Estado da Agricultura, Abastecimento, Aquicultura e Pesca, Octaciano Neto, apresentou o estudo técnico realizado pela Seag que pede liberação de 41 espécies muito representativas para a pesca capixaba, que estão suspensas pela portaria. Entre as espécies citadas estão o badejo e o cação, peixes muito utilizados para fazer a moqueca capixaba, além da garoupa e do budião. “Fizemos esse documento pedindo a liberação dessas espécies que representam 40% de todo o volume anual de pesca no Estado, garantindo renda para 16 mil pescadores”, declarou o secretário.

O documento será encaminhado pelo Governo ao Ministério do Meio Ambiente e entregue à bancada federal. Além disso, o secretário também sugeriu como opções à portaria, o período de defeso de algumas espécies e a fiscalização de barcos de pesca industriais, destacando sua diferença para a pesca artesanal.

Pesca no Espírito Santo

A cadeia produtiva da pesca no Espírito Santo é um importante segmento socioeconômico, sendo uma das principais atividades da economia em 14 municípios litorâneos capixabas, exercida por 55 comunidades pesqueiras distribuídas ao longo da costa, ocupando o 10º lugar na escala nacional. Existem mais de 16 mil pescadores e envolve 60 mil famílias que vivem da pesca, direta e indiretamente, no Espírito Santo. A atividade é responsável por 7% do PIB Agropecuário do Estado do Espírito Santo, movimentando diretamente R$ 180 milhões ao ano.

Seag

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