O panorama dos avanços tecnológicos da pecuária de precisão no Brasil foi um dos temas da reunião da Comissão Brasileira de Agricultura de Precisão (CBAP) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), nesta terça-feira (28), em Brasília. Esse sistema prioriza o manejo da individualidade dos animais para alcançar maior produtividade, seja na produção de leite, carne, ovos ou lã. Hoje, várias instituições brasileiras de pesquisa agropecuária estão trabalhando para ampliar a pecuária de precisão.
De acordo com o pesquisador Humberto Brandão, da Embrapa Gado de Leite, em Juiz de Fora (MG), a pecuária de precisão é usada na bovinocultura, suinocultura e avicultura. O sistema pode, por exemplo, ser aplicado na nutrição, saúde, manejo e ambiência dos animais. Com ele, o fornecimento de alimentos passa a ser baseado na exigência individual de cada animal, e não mais no rebanho como um todo.
“A busca da eficiência visa obter maior retorno financeiro e garantir a sustentabilidade”, diz Humberto Brandão, que apresentou o panorama do setor durante a reunião. A pecuária de precisão, ressaltou, é um conjunto de práticas, tecnologias e processos que contribui para a gestão racional dos sistemas produtivos. Além da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), outras instituições estão trabalhando na mobilização e desenvolvimento de pesquisas voltadas à pecuária de precisão.
Segundo Humberto Brandão, a tendência é que o setor se consolide no país, principalmente nos sistemas de criação mais tecnificados. “O Mapa quer contribuir para organizá-lo”, acrescentou o secretário da Comissão Brasileira de Agricultura de Precisão, Fabrício Juntolli. “Estamos trabalhando na identificação dos principais atores da pecuária de precisão para conhecer suas demandas e ter maior articulação para que possamos propor política públicas para o setor.” A próxima reunião da comissão, presidida pelo professor José Paulo Molim, da Esalq, será no dia 6 de setembro.
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