Sucesso de culturas de café e mamão no Estado depende de manejo racional de água

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netafim_irrigacao-por-gotejamentoO uso da irrigação é necessidade nas principais culturas agrícolas do Espírito Santo. Entre elas o café, cuja produção representa 30% do Produto Interno Bruto (PIB) capixaba, e o mamão, responsável por qualificar o Estado como um dos maiores produtores da fruta, com 59% das exportações brasileiras. A gestão dos recursos hídricos, nesse caso, é uma demanda para garantir sucesso nas lavouras, como observa o diretor executivo da Caliman e inspetor chefe do Crea-ES em Linhares, Eng. Agrônomo Geraldo Ferreguetti.

Segundo ele, o manejo adequado da água no cultivo do mamão, por exemplo, foi determinante para o sucesso do setor, permitindo a produção garantida pelo uso da irrigação, de modo sustentável, possibilitando atender aos protocolos de certificação internacional.

Por outro lado, para as plantações de café a demanda por água é mais expressiva e preocupante, uma vez que mais de 75% dos municípios capixabas têm nesta cultura a fonte dinâmica de sua economia. “Ainda que possamos avançar muito na adaptabilidade das lavouras à restrição hídrica, não se pode negar a relevância da água para o futuro da cafeicultura. Com certeza hoje e por muitos anos ainda, a atividade mais impactante sobre a disponibilidade de recursos hídricos no Espírito Santo é a cafeicultura irrigada”, observa o engenheiro agrônomo.

Como caminho de solução, o especialista aposta no trabalho científico e técnico dos profissionais da Engenharia e da Agronomia, cujo compromisso é dar respostas para a crise da água que aflige a população capixaba, seja pela escassez ou pelo excesso. Lembrando o rompimento da barragem em Mariana (MG) em 2015 que provocou danos ambientais em parte do Espírito Santo, Geraldo sinaliza que os profissionais da área tecnológica podem contribuir para a mitigação dos impactos ambientais e para o avanço da recuperação do rio Doce e seus afluentes.

“O impacto do acidente veio agravar consideravelmente uma situação já bastante ruim sob o ponto de vista da preservação ambiental da bacia do Doce. O objetivo agora é trabalhar na mitigação dos impactos ambientais da ocorrência de Mariana e ao mesmo tempo avançar em outras medidas de recuperação do rio e seus afluentes, tais como recuperar as nascentes, reflorestar e proteger as matas ciliares, construir estrutura de reservação de água, promover o uso racional da água nos processos de produção, e muito mais”, pondera Ferreguetti.

Preparatório em Colatina

Todas essas questões serão destaque da palestra “Uso Racional da Água Na Agricultura”, durante o Preparatório da Engenharia e da Agronomia para o 8º Fórum Mundial da Água, promovido pelo Sistema Confea/Crea e Mútua. O evento será entre 10 e 12 de julho no campus do Instituto Federal do Espírito Santo, onde será promovida rodada de debates sobre estratégias de manejo e preservação dos recursos hídricos e energéticos, com a presença de 300 lideranças profissionais, gestores públicos e pesquisadores.

A proposta do Sistema é levar os resultados dessas discussões para o Fórum Mundial da Água, que será realizado pela primeira vez em Brasília, em 2018. “O debate contribuirá para o fortalecimento da consciência de preocupação ambiental entre os jovens profissionais da área de engenharia e agronomia do nosso Estado. Estaremos, então, contribuindo decisivamente para uma postura crítica fundada em conhecimentos científicos, permitindo a estes profissionais atuarem de forma decisiva na solução definitiva da crise de recursos hídricos que afligem a população capixaba todos os anos, seja pela falta, ou pelo excesso”, finaliza.

Para se inscrever e fazer parte desse evento que vai falar sobre um insumo tão importante para as nossas vidas, basta fazer a inscrição no endereço mundialagua.confea.org.br e, no dia do evento, levar 2 quilos de alimentos não perecíveis para doação.

Confira a programação completa:

forumdasaguas_colatina

Crea ES

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