Setor de agroquímicos prevê faturar 10% mais em 2021

0

Preços da soja e do milho, considerados ótimos, devem impulsionar um aumento na área tratada

A indústria de agroquímicos do Brasil prevê aumentar em mais de 10% a receita em 2021, com produtores investindo em safras de soja, milho e cana, segundo informou o presidente do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (Sindiveg), Julio Borges, para a agência de notícias Reuters. Esse faturamento conta também com repasses de custos das matérias-primas para os preços.

Segundo ele, os atuais preços da soja e do milho, considerados ótimos, devem impulsionar um aumento na área tratada com defensivos agrícolas na temporada 2021/22. Um sinal desse movimento são as vendas antecipadas de agroquímicos para 2021/22, que já atingiram entre 20% e 30%, bem acima dos 10% historicamente realizados até o final de janeiro.

“A demanda espero mais uma vez crescente pelo aumento de área das principais culturas e pela lucratividade dos produtores. Com o valor que eles têm por uma safra, vão querer ser mais cuidadosos”, disse Borges. “Estou esperando algo superior ainda, estou esperando que a área de soja suba mais que subiu no ano passado”, completando a informação de que nos últimos seis anos o Brasil tem crescido na média de 5% em área tratada com defensivos.

Além disso, de janeiro a dezembro de 2020, segundo o Sindicato, a perda cambial foi de 18,5% para o setor, que importa cerca de 95% de suas matérias-primas. “Devido à consistente variação cambial, não conseguimos fazer o repasse integral do aumento dos custos, algo que deve acontecer este ano”, afirmou o executivo, acrescentando que muitas companhias negociaram com menores margens ou fecharam o período com prejuízo.

Em 2020, a soja concentrou 48% do valor investido por agricultores em defensivos agrícolas (5,8 bilhões de dólares), seguida pelo milho, com 13% do total.

Agrolink

Compartilhar:

Deixar um Comentário