Produção e vendas de químicos voltam a subir

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“A pandemia tem mostrado ao mundo quão importante é ser autossuficiente na produção de produtos estratégicos”

Informações que foram divulgadas pela Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim) indicam que os principais índices de volume do segmento de produtos químicos de uso industrial registraram resultados positivos em outubro de 2021, na comparação com o mês anterior. Nesse contexto, o índice de produção subiu 5,51%, enquanto o de vendas internas teve elevação de 4,97%.

“A demanda local, medida pela variável consumo aparente nacional (CAN), teve alta de 0,4% e o índice de utilização da capacidade instalada registrou o patamar de 73% de taxa de ocupação das instalações. No que se refere ao índice de preços, a variável teve a terceira elevação consecutiva, com resultado de +4,93% em outubro, pressionada pelo mercado internacional e por altas de custos de matérias-primas e insumos básicos”, disse a Abiquim.

De acordo com a diretora de Economia e Estatística da Abiquim, Fátima Giovanna Coviello Ferreira, os resultados do segmento de produtos químicos de uso industrial nos últimos 30 anos revelam a existência de diversas oportunidades criadas pelo mercado e pelo crescimento da demanda. “Essas oportunidades poderiam ter sido convertidas em investimento e em crescimento, gerando valor e renda para o Brasil, mas, infelizmente, quem se beneficiou dessa alta foram as importações, que cresceram expressivamente e, neste ano, o setor deve registrar o recorde histórico de déficit na balança comercial, superior a US$ 40 bilhões”, afirma.

“A pandemia tem mostrado ao mundo quão importante é ser autossuficiente na produção de produtos estratégicos, básicos e essenciais, como os utilizados na área de saúde e alimentação, sem depender de outros países. Inclusive, o Brasil é competitivo na produção agrícola, mas depende de insumos químicos importados e acaba correndo riscos por conta dessa elevada dependência, como a que vem sendo observada atualmente com a China e com a Rússia, que ameaçam reduzir as vendas de fertilizantes para o mundo, podendo afetar a agricultura brasileira”, alerta Coviello.

Agrolink

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