Déficit em produtos químicos deverá ser recorde em 2021

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No acumulado do ano, até outubro, as importações de produtos químicos somaram US$ 48,5 bilhões

Dados divulgados pela Associação Brasileira da Industria Química (Abiquim), o déficit de produtos químicos deve ser recorde em 2021, de US$ 45 bilhões. “No acumulado do ano, até outubro, as importações de produtos químicos somaram US$ 48,5 bilhões e as exportações chegaram a US$ 11,5 bilhões, aumentos de respectivamente 43,4% e de 27% na comparação com igual período de 2020”, comenta.

“Como resultado, o déficit na balança comercial de produtos químicos, entre janeiro e outubro, somou US$ 37 bilhões, o que representa um expressivo e alarmante aumento de 49,4% em relação ao mesmo período do ano passado e, mesmo ainda faltando dois meses para o encerramento de 2021, já supera em US$ 5 bilhões o maior déficit anual da história da balança comercial de produtos químicos, de US$ 32 bilhões, em 2013”, completa.

Segundo o Presidente-Executivo da Abiquim, Ciro Marino, os rumos da política comercial brasileira e regional precisam urgentemente ser recalibrados para dar a segurança jurídica e a estabilidade de ambiente de negócios indispensáveis para que o Brasil e o Mercosul consigam atrair investimentos produtivos capazes de estabelecer o equilíbrio necessário para a sustentabilidade da recuperação da atividade econômica e geração de empregos e renda.

“A insistência em uma crescente agenda de cortes tarifários unilaterais, por meio de fundamentos normativos que contornam a própria base legal do Mercosul, atrapalha o investidor e compromete a atração de capital produtivo. Incentivar as compras externas, via rebaixas de alíquotas de importação como um dos eixos de política econômica, é contraproducente em si, pois, no curto prazo, alavanca aquisições de produtos precificados no exterior e em altos patamares, como mostram os dados da balança comercial, e no médio e longo prazos desestimula a efetivação de investimentos produtivos, uma vez que eles somente serão atraídos para o Brasil e para o Mercosul com uma agenda de competitividade robusta e alicerçada em previsibilidade e segurança jurídica”, avalia.

Agrolink

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