ESPECIAL CONILON: Safra 2022

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Matéria publicada na Revista Campo Vivo – ESPECIAL CONILON 2022 (Edição 48 – Julho 2022)


Colheita de café é marcada por apagão de mão de obra; mas rendimento da safra foi positivo

Produtores de café do Espírito Santo e Sul da Bahia falaram à Revista Campo Vivo sobre a atual safra de conilon; confira a matéria abaixo

NOVA VENÉCIA

O produtor do município de Nova Venécia, Aldrin Marcio Lubiana, popularmente conhecido como “Galego”, sentiu dificuldade em relação à falta de mão de obra para o trabalho neste momento. “Senti que o preço do trabalho no campo subiu 70% em relação ao que era no ano passado e minha produção, se eu comparo com o ano de 2021, vai sofrer uma queda de mais ou menos 10% de rendimento em relação ao café maduro para o pilado. Então eu sinto que o mercado está com uma baixa indo ao contrário das despesas em geral que só vem aumentando. Acredito que para os próximos anos, pelo que estou vendo acontecer agora, não teremos outra solução que não seja uma colheita totalmente mecanizada, e com isso, não conseguiremos ter as mesmas produtividades que temos hoje, pois as máquinas abalam muito as plantas, teremos que rever espaçamentos e tratos culturais”, afirma Lubiana.

 

LINHARES

Eduardo Bortolini

Eduardo Bortolini, produtor de café no município de Linhares, pontua a falta de mão de obra como um atraso para a colheita deste ano se comparada com a dos anos anteriores. “Pensando na colheita em si, podemos dizer que foi um ano negativo por conta da dificuldade séria de conseguir mão de obra para o trabalho no campo. É como se tivéssemos tido basicamente um “apagão”. A produção foi razoavelmente boa, mas a colheita em si foi complicada exatamente porque sem mão de obra, o fim da colheita acaba se alongando muito além do normal. Tivemos café madurando e secando no pé e até por isso houve um pouco mais de uso de máquina, chegaram novas máquinas no mercado que geralmente a gente não vê para o uso no conilon, que é a máquina de colheita total que tem para uso no arábica, então acabou surgindo como uma necessidade por conta de uma demanda maior”, pontuou.

Sobre o comportamento da safra atual em relação à produção, Eduardo ressaltou que foi um ano bem normal, onde houve uma produção relativamente tranquila, sem muitos problemas de perda ou anomalias para atrapalhar a produção. “O que indicou bem no início da safra foi o rendimento no secador, pois o grão pesou bem e isso ajudou muito, fazendo muita diferença no conilon e no arábica. Quando o grão pesa bem no secador, a nossa expectativa é alcançada, então ficamos mais tranquilo em relação à parte produtiva da colheita”, diz Bortolini.

É como se tivéssemos tido basicamente um ‘apagão’

Eduardo ainda destaca que o mercado de café em 2022 iniciou com preços bons, atingindo um valor acima de R$ 800/saca, porém, com pouca coisa negociada para a safra. “Geralmente nós passamos de um ano para o outro com volume razoável negociado para a safra seguinte, neste ano na maioria dos casos negociou-se muito pouco café. No início da safra o mercado baixou bem, hoje estamos falando em torno de R$ 700 pelo volume que chegou de café. Esse volume de café que chegou tinha pouca venda tratada e esse café teve que vir pro mercado, então deu essa queda. O mercado parece que está melhorando e daqui há pouco vai equalizando esse volume que chega de safra. Acredito que o mercado vá se equilibrar mais de agora pra frente”, avalia o cafeicultor

Outro ponto importante destacado é sobre os desafios futuros quando se pensa na agricultura, que são muitos, desde clima, como pragas, doenças, falta de mão de obra, alto preço dos insumos. Mas para Bortolini, o principal desafio são os desafios relacionados a pragas e doenças. “Temos um problema muito sério de fungos e nematóides atacando nossas lavouras e isso é um problema muito sério para o produtor, muito grave e muito não tem noção de quanto isso pode prejudicar ali na frente. Como vimos também neste ano, a dificuldade da mão de obra também deixa o homem do campo muito preocupado, porque estamos investindo em aumento de área, ficando refém demais dessa mão de obra que você não sabe se vai ter. Acredito que é até por isso que surgem novas demandas por máquinas diferentes vindas do arábica. Ao mesmo tempo isso tem um lado bom também que traz essas novidades, vamos ajustando dentro das lavouras e tornando uma realidade atual. Hoje temos uma disputa de mão de obra grande pelas indústrias que estão chegando no Norte do Estado e isso se torna um desafio grande para os produtores. E não poderia deixar de falar também sobre os altos preços dos insumos, afinal depois da guerra nós ficamos sem chão, não sabemos o que vai acontecer direito, no geral nosso custeio aumentou muito e isso complica demais. Hoje estamos com um custeio 22/23 razoavelmente tranquilo, com preço razoável, mas e o 22/23, com nosso custeio subindo e o mercado caindo? Isso nos deixa inseguros, já que você entra numa safra com os custos subindo cada vez mais. Temos que calcular onde esse custeio com todas as altas que tivemos vai chegar e pensar se o mercado vai acompanhar e nos pagar um valor justo”, afirma Eduardo.

 

SANTA TERESA

Luis Carlos

Em Santa Teresa, o produtor de café Luis Carlos da Silva Gomes espera colher nas suas propriedades (ele tem duas – uma de 86 hectares só de arábica e outra de 127 hectares com café arábica e conilon) em média, três mil sacas de café. A empresa é familiar e nela trabalham ele, a esposa e duas filhas que ajudam tocar os negócios, e também sentiram a dificuldade de encontrar mão de obra especializada para o trabalho na colheita. E acredita também que isso trouxe um atraso para o fim dos trabalhos. “Nós observamos e sabemos pelos noticiários que existe muito desemprego no Brasil, sabemos também que esses que perderam seus empregos durante os últimos anos, não é o perfil de empregado que estaria colhendo café. Então mesmo que exista um número grande de desempregados hoje, não é por isso que temos mão de obra para o trabalho no campo. Sinto que essa escassez já vem de um longo tempo. Nós sofremos na colheita passada, estamos novamente nesse cenário, mas estamos conseguindo colher o café, mas isso nos faz pensar num novo modelo de produzir café, já se adiantando como que vai continuar sendo essa escassez, se é algo pontual ou uma tendência. Nós temos que ser mais eficientes em todos os sentidos”, destaca.

Para Luis, essa questão de pensar na mão de obra deveria ser algo que faça parte do “radar” dos produtores e a situação atual deve servir de aprendizado quanto a isso. “Nós da cafeicultura de montanha temos mais dificuldades de se adequar a esse momento que se acena por aí. Aqui na região onde estou é difícil usarmos a colheita mecanizada porque estamos em uma região acidentada por ser uma cafeicultura de montanha. Então o que estamos percebendo para o futuro, são as adequações dos plantios novos, de fazer o terraceamento para facilitar a entrada de máquinas. Temos que adequar os novos plantios agora para num futuro fazer uma semi mecanização ou usar colheitadeiras manuais, que hoje são usadas também no arábica. Antigamente usávamos papagalhos, que é mais ou menos uma adequação dessa colheita de arrasto, que coloca lona, vai arrastando, mas aí teria que ser uma adaptação de uma máquina dessas. Acredito que num futuro vai aparecer, mas para nós do morro, é mais difícil chegar”, diz Luis Gomes.

Nós da cafeicultura de montanha temos mais dificuldades de se adequar a esse momento que se acena por aí

Ainda segundo o produtor de café de Santa Teresa, no cenário principalmente econômico para as famílias cafeicultoras a safra está sendo positiva por colher um pouco mais do que no ano passado, tanto o arábica, quanto o conilon, e os preços do café, apesar de os insumos terem subido, estarem razoáveis. “Nós torcemos para que o café não abaixe, considerando que já deveria estar nesse preço há muito tempo se você comparar o preço com ouras culturas”, diz.

 

JAGUARÉ

Jarbas Nicoli

O Presidente do Sindicato dos Produtores Rurais de Jaguaré e também produtor rural, Jarbas Alexandre Nicoli Filho, foi outro que também viu os produtores da sua região sentirem os efeitos da falta de mão de obra qualificada para o trabalho no campo. “A colheita geralmente é um momento de alegria para o produtor, onde ele faz o balanço dos seus resultados financeiros, porém, neste ano está sendo mais complicado que o normal justamente pela falta de pessoas para realizarem o trabalho na roça. Estamos tendo que fazer a semi mecanização do conilon por conta disso. E onde eu visito aqui no Espírito Santo, a conversa de todos os produtores é sempre a mesma. Aqui na região de Jaguaré nós ainda temos uma competição de mão de obra com a pimenta do reino, o que torna isso ainda mais complicado. Já se acredita que teoricamente vamos perder café e produção para o ano que vem, porque a planta quando fica muito tempo café no pé, atrasa o desenvolvimento, reduz o crescimento e acaba abortando folha, então nós já temos consequências negativas para o próximo ano”, alerta Nicoli.

Para o presidente sindical, essa está sendo uma colheita um pouco menor que a do ano passado, mas em compensação, foi um ano bom de chuvas e o fator climático está melhor do que da safra anterior. “Esse ano o fator de produção foi um pouco menos tendo correlação com dezembro de 2020, janeiro e fevereiro de 21, onde tivemos uma temperatura muito elevada e com pouco volume de chuva, o que atrasou o desenvolvimento da copa do café e posteriormente reduziu o tamanho da florada. Depois de março, nós tivemos seis meses de pouca chuva, e aí a conta disso veio neste ano com a redução de produção”, explica.

Segundo Jarbas, na visão dele o cenário na colheita do ano passado foi melhor, principalmente sobre a situação financeira. “Nós saímos do cenário de café de R$400 na pré colheita e finalizamos com café acima de R$ 600 e logo após a colheita chegou a R$830, então foi um cenário positivo. Já este ano, mesmo com o café com valores em reais altos, nós tivemos uma elevação muito grande de defensivos e insumos no geral, adubos principalmente, então isso está afetando diretamente no bolso do produtor. Sem falar da competição por mão de obra, que está inflacionando o custo da colheita do café esse ano também”, diz.

Para ele, o maior desafio do conilon hoje é colocar uma colheitadeira para ajudar no trabalho de colheita. “Esse ano temos várias marcas fazendo testes no conilon, buscando novos espaçamentos, novos modelos de plantio para a gente tentar colocar máquina pra poder colher. Com a mão de obra escassa, e uma tendência de só piorar, acredito que para salvar a cafeicultura nos próximos anos teremos uma revolução no modo de colher esse café, caso contrário, nós teremos uma redução na área plantada”, finalizou o presidente.

Para salvar a cafeicultura nos próximos anos teremos uma revolução no modo de colher esse café, caso contrário, nós teremos uma redução na área plantada

 

PINHEIROS

Thiago Orletti

No município de Pinheiros, a colheita acabou sofrendo atraso por conta das chuvas, segundo o produtor e Vice Presidente da Comissão Nacional do Café (CNA), Thiago Orletti. “Nós tivemos um ano muito chuvoso que proporcionou a planta de café ter uma maturação completa dos grãos e no Espírito Santo tipicamente isso não acontece. Esse ano safra foi quase perfeito o que proporcionou as plantas terem uma maturação completa. Essa colheita foi chegar na primeira quinzena de abril chegou tudo de vez. Isso colidiu com a falta de pessoas para trabalhar na colheita de café. Os que ainda tinham a colheita 100% manual, sofreram muito. Teve produtor com café no pé já maduro e sem conseguir colher pela falta de mão de obra. Mesmo com o preço da colheita tendo dobrado, isso não conseguiu sanar a falta de pessoas de café conilon, o que está impactando na colheita deste ano, onde os grãos estão ficando no pé e secando e também irá impactar na colheita do ano que vem. Então em resumo a safra de 2022 está predominantemente marcada pela falta de mão de obra”, afirma.

Além disso, de acordo com Orletti, houve o aumento de preços de adubos e defensivos, dentro do ano safra, realmente isso impactou muito, se tornando algo bem significativo para o bolso do homem do campo. Mas em contrapartida, houve o acréscimo no preço do café conilon. Nesse mesmo período no ano passado, uma saca de café conilon custava R$ 420, R$ 430. Neste ano chegamos há R$ 820, R$ 830. Só que isso, nós tivemos alguns movimentos como a guerra da Rússia e Ucrânia que acabou impactando de forma negativa. O que tivemos de anomalia nesse ano safra eu destacaria o preço dos adubos e defensivos, e já como algo positivo, o aumento do preço do café”, diz.

Em resumo a safra de 2022 está predominantemente marcada pela falta de mão de obra

Para Thiago, os produtores tem vivido uma felicidade relativa, pois precisam mirar no custo de produtividade atrelando isso à sua lavoura para não ter prejuízos. “O preço entrou em uma decrescente. Nós saímos de R$ 800 para R$ 600 o valor da saca do café de forma rápida. E o que o produtor pode fazer sobre isso? Nada. Então temos que pensar o seguinte, deixar a seguinte mensagem para o produtor: “Foque em produtividade e produzir no custo adequado, sem produzir há qualquer custo. Pense sempre em como obter o máximo na sua lavoura de maneira sustentável”, recomenda o Vice Presidente da CNA.

 

SÃO GABRIEL DA PALHA

A Cooperativa Agrária dos Cafeicultores de São Gabriel da Palha (Cooabriel), por meio de assessoria, avalia que ao contrário dos últimos dois anos, em que a maturação do grão aconteceu gradativamente e que favoreceu o equilíbrio de mão de obra, a safra de 2022 tem apresentado características diferentes. ”A maturação dos grãos foi mais rápida, com a chegada de grandes volumes de café maduro de uma única vez. Em função disto, houve carência de mão de obra, trazendo transtornos aos produtores”, diz a entidade. Ainda segundo a cooperativa, até então, apesar da questão da mão de obra no campo, tem sido positivo o bom rendimento no peso do grão. Além disto, a maturação foi mais uniforme do que a safra anterior, o que reflete na boa qualidade do café. Em relação à qualidade dos cafés recebidos pela cooperativa nesta safra, 78% equivalem a cafés do tipo 7 para melhor.

Dentre os desafios do momento, a Cooabriel também pontua a falta de mão de obra em quantidade e em qualificação. Além disso, outro ponto de desafio é a necessidade de profissionalização. “O produtor precisa trabalhar a profissionalização da atividade com melhor gestão de custos, utilização de eficientes materiais genéticos, emprego de melhores e modernas tecnologias de produção. É importante ainda que o produtor utilize os recursos tecnológicos disponíveis para aumentar a produtividade e a melhoria da qualidade do grão, além de tornar-se mais eficiente com o menor custo de produção possível. Vale ainda, o velho conselho, de evitar endividamento buscando sempre fazer uma reserva para momentos de dificuldades”, ressaltou a entidade.

 

SUL DA BAHIA

E se engana quem pensa que só no Espírito Santo há o problema de falta de mão de obra qualificada. Em Itamaraju, Sul da Bahia, o Secretário de Agricultura, Ivan Favarato Filho, também ressaltou a dificuldade em conseguir pessoal para o trabalho no campo, o que tem sido o grande diferencial se comparado com os anos anteriores. Porém, mesmo com isso, segundo ele, aos poucos os produtores conseguiram ir avançando com os trabalhos, alguns um pouco mais felizes, outros menos com relação essa dificuldade. Ele ressaltou ainda, que os produtores empresariais de maior volume, foram os que mais relataram dificuldade. “Aqui na região o diferencial do comportamento da produção deste ano, é que realmente estamos tendo um bom rendimento. Os produtores estão muito felizes com o resultado. Em todas as lavouras que tenho ido, conversado com o pessoal, a produtividade está muito boa e o rendimento de grão também muito favorável. E rendimento de secador deixa o produtor mais feliz”, comemorou o secretário.

Ainda segundo Favaratto, quando se faz um comparativo entre as safras, especialmente entre o ano passado e este ano, é possível ver produtores mais satisfeitos com resultado, mesmo tendo essa dificuldade da colheita. “Todos os anos há queixa sobre mão de obra, mas neste ano está ainda maior. E mesmo com isso, o resultado financeiro da lavoura de um modo geral tem sido muito positivo, especialmente pelo resultado de produtividade, de rendimento de lavoura e isso acaba compensando os aborrecimentos. Deixa o produtor está muito satisfeito, com uma expectativa muito boa”, ressaltou.

Sobre o mercado, o secretário também citou essa retraída que aconteceu, mas citou que é um período normal de retração em fase colheita. “Esse é o quadro que eu enxergo, que mesmo com algumas dificuldades, o pessoal segue otimista com as lavouras, mesmo com a retração, a relação custo e receita ainda está positiva. Aqui na região temos um desafio ainda por conta da nossa situação peculiar com a chuva de novembro, dezembro que acabou prejudicando muito a nossa estrutura em vários setores do município. Tem alguns produtores ainda com algumas dificuldades estruturais, mas que aos poucos vai superando também. De modo geral, o café por ser uma lavoura perene, nesse momento bom, passando o balanço geral de mercado, produção, o clima, é sempre muito bom e com uma expectativa futura excelente”, finalizou.


O engenheiro agrônomo, produtor e consultor de cafeicultura, específico de café conilon, Edmar Liuth Tessarolo, também pontuou que a colheita deste ano tem sido difícil por conta da falta de mão de obra, sendo até um problema recorrente já da colheita do ano passado. “Mesmo pagando valores fora do normal por saco de café nessa colheita, continuamos não achando colhedor. E para o próximo ano, nem da pra imaginar qual vai ser o cenário, já que ninguém sabe o que vai acontecer com o preço do café mas eu acredito e tenho esperanças de que continuará bom. Já a falta de gente para trabalhar no campo, isso é imprevisível”, ressaltou.

Edmar disse ainda, que o resultado da colheita para todos os produtores que teve contato neste ano e conhecimento da atual situação até o momento foi a mesma: uma safra menor e não muito satisfatória, mas que ainda tem se mantido favorável pois o preço do café está bom.

Abraão Carlos Verdin Filho

Para o Coordenador de Café do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper), Abraão Carlos Verdin Filho, do ponto de vista técnico, a colheita de 2022 teve o fator de aumento de custo devido a escassez de mão de obra e também pelo aumento da saca de café no mercado. “Mesmo com algumas intempéries, o produtor está conseguindo na média a mesma produção e/ou superior a do ano de 2021 e com preços médios superior e o café colhido está com peso, qualidade e rendimento ao ano anterior. Vale ressaltar ainda, que todas as regiões produtoras de café conilon do Espírito Santo, tem apresentado excelentes cafés e esta qualidade se deve aos cuidados que o produtor tem adotado e especialmente pelos fatores climáticos que foram muito favorável a cultura em todo o ciclo de produção”, diz Verdin.

 

Redação Campo Vivo

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