ESPECIAL CAFÉ: Grandes industrias de café solúvel chegam a Linhares/ES

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Matéria publicada na Revista Campo Vivo – ESPECIAL CAFÉ (Edição 46 – Julho 2021)


Grandes industrias de café solúvel chegam a Linhares/ES

Proximidade da região produtora de conilon é o principal motivo para Café Cacique e Olam Internacional se instalarem na região

Linhares não para de crescer. Recentemente garantiu a 2ª posição no ranking das cidades que mais geraram empregos formais entre os meses de janeiro a abril deste ano em todo o Espírito Santo, segundo dados divulgados pelo Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), da Secretaria Especial de Previdência e Trabalho / Ministério da Economia (SEPRT/ME). Mesmo com a situação de crise sanitárias com consequências econômicas que o país vem passando, onde os mais variados setores foram impactados, a cidade tem se mantido em posição de destaque nesse quesito.

Isso tem impactado em ganhos para todos os setores de trabalho. Grandes empresas da área da cafeicultura, além de outras, viram em Linhares um município com potencial nível de investimento e chegaram para ficar. Investidores do mundo todo, como da Olam Internacional e da Companhia Café Cacique, fábricas de café solúvel, firmaram seus negócios em Linhares e seguem com suas obras a todo vapor.

Para o prefeito de Linhares, Guerino Zanon, a representatividade das indústrias e empresas locais é que faz de Linhares o maior polo de desenvolvimento econômico do estado do Espírito Santo. “O destaque de Linhares na geração de emprego e renda, na diversificação da economia, é reflexo de um cenário que atrai olhares de investidores de todo o mundo. Enxugamos a máquina pública, temos investido em saúde, educação, obras estruturantes de infraestrutura, dentre outros, para proporcionar melhorias e qualidade de vida da população, o que têm colaborado para criação de um ambiente de negócio cada vez melhor. Também eliminamos burocracias para abrirmos caminhos e tornar acessível à vida de quem deseja empreender, focando em ações estratégicas para atração de novos investimentos, no fortalecimento das empresas locais e na matriz enérgica e logística”, destacou Guerino.

O Presidente do Sindicato dos Corretores de Café do Espírito Santo e Diretor da MM Cafés, Marcus Magalhães, analisa que essas indústrias que estão chegando em Linhares, como a Cacique e a Olam, são de suma importância não só para a cidade, mas também para o Espírito Santo. “A chegada delas é importante primeiro pelo investimento que trazem como a geração de emprego e renda, mas também a esperança de realmente agregar valor às cadeias produtivas, porque quando você exporta o café como commodity tem um valor, quando exporta ele via processo industrializado, seja no solúvel, torrado e moído, você consegue agregar outro valor à cadeia, então eu vejo essa chegada com muito bons olhos”, ressalta Magalhães.

Além da Olam e Cacique, o Espírito Santo tem ainda sediada na Grande Vitória, a empresa Real Café. “Com essas três grandes empresas aqui na nossa região, em um curto espaço de tempo podemos esperar que o estado se transforme em uma das maiores plataformas de produção e exportação de café do mundo, afinal teremos três grandes fábricas processando o café capixaba e realmente dando mercado ao conilon capixaba e levando a bandeira do Espírito Santo mundo afora”, comemora Magalhães.

A construção da fábrica de café solúvel da Olam Internacional em Linhares será um investimento no valor de R$ 700 milhões, o que vai gerar oportunidades aos capixabas, renda a pequenas empresas e ainda muitas famílias da região. Um investimento desse porte torna ainda, cada vez mais qualificada a mão de obra dos capixabas.
Esse valor será destinado à construção e montagem da fábrica. As obras começaram em fevereiro de 2021 e devem durar dois anos. No período de construção serão empregados de 600 a 700 trabalhadores. A expectativa é de quando estiver em funcionamento a Olam conte com 250 colaboradores, e produza em torno de 13,5 mil toneladas de café solúvel por ano, tendo um consumo de matéria prima de aproximadamente 600 mil sacas de café em grãos por ano.

Outro importante empreendimento que já está em fase de construção em Linhares é a Companhia Cacique Café Solúvel. Investindo cerca de mais de R$ 320 milhões no empreendimento, quando estiver pronta a empresa terá capacidade de produzir cerca de 14 mil toneladas de café solúvel ao ano. O Diretor de Produção da Cacique, Valderi Cristiano, explicou que o maior motivo deles terem escolhido Linhares como sede da empresa, foi o produtor de café conilon capixaba. “Hoje o Espírito Santo é o maior produtor de café conilon do país e o nosso principal fornecedor dessa variedade. O sonho da Companhia Cacique era estar próximo desse produtor, então essa localização estratégica da cidade nos permite essa proximidade e a realização deste sonho. Nossa produção é voltada principalmente ao mercado externo, mas claro que a instalação da fábrica terá um impacto positivo para todo o Brasil, trazendo divisas para o país, para o estado do Espírito Santo e também para a cidade”, enfatizou.

Valderi fez questão de pontuar que a instalação do empreendimento em Linhares além de gerar empregos, aumentará o consumo da matéria prima local e com isso trará riquezas para a comunidade. “A exemplo de outras cidades que já atuamos, a instalação da Cacique vai além de apoiar e promover o desenvolvimento econômico. A empresa impacta diretamente a cidade onde está inserida, apoiando seu desenvolvimento social e humano por meio de projetos culturais e sociais e, principalmente, zelando pelo bem estar dos colaboradores, seus familiares e parceiros. A Cacique já tem uma relação de longa data com os produtores do Espírito Santo e foi uma das primeiras empresas que adquiriu o café conilon capixaba quando a variedade surgiu no estado.

Essa relação vem crescendo ao longo dos anos e hoje o estado é um dos nossos principais fornecedores de matéria prima, fornecendo perto de 50% de café conilon processado pela Cacique. Com a instalação da nova unidade em Linhares, esperamos que essa relação com os produtores fique ainda mais próxima e que surjam grandes parcerias para que possamos desenvolver ainda mais o café na região, ressaltou o diretor.

Redação Campo Vivo

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